Tecnologia aumenta segurança em zonas explosivas de agroindústrias
Postado por Redação em 10/10/2024 em NotíciasAlém do agronegócio, setores de química, siderurgia, mineração, construção e petróleo já utilizam a tecnologia
Túlio Cerviño, fundador e CEO da Trackfy
A Trackfy, desenvolvedora de tecnologia para segurança em plantas industriais e grandes canteiros de obra, criou uma solução capaz de operar em zonas explosivas, incluindo áreas internas de silos agrícolas.
A solução já é conhecida por apresentar benefícios significativos, reduzindo o tempo de evacuação de áreas em caso de sinistros em até 30%. Corporações dos setores de agronegócio, química, siderurgia, mineração, construção e petróleo utilizam a tecnologia, que não requer treinamento e tem alcance de 50 metros.
Túlio Cerviño, fundador e CEO da Trackfy, explica que operar em áreas classificadas de atmosferas explosivas requer atenção especial às diferentes zonas de risco. Os tanques de combustível, por exemplo, são divididos conforme o nível de perigo: a zona zero, dentro do tanque, é a mais perigosa, com presença constante de gases explosivos; a zona 1, adjacente à zona zero, possui risco frequente de explosões; e a zona 2, uma área próxima, apresenta menor risco, com explosões menos prováveis.
“As demais áreas não são classificadas. Agora podemos colocar os ossos captadores mais próximos às zonas de maior perigo, aumentando ainda mais a segurança e a eficiência do uso da nossa solução”, destaca o CEO.
Para atender às exigências de segurança em zonas explosivas, ele conta que foi necessário desenvolver um novo dispositivo, semelhante ao que a empresa possui e já está em uso nos canteiros de obras e plantas industriais de todo o país. Também combinando Internet das Coisas (IoT), análise de dados e algoritmos, a nova solução tecnológica é capaz de fornecer aos gestores uma análise online e em tempo real dos ambientes de trabalho, utilizando emissores de sinal em capacetes e crachás dos operários.
“Para as zonas explosivas 1 e 2 foi preciso criar outro equipamento captador, que atendesse a exigências específicas. Podemos dizer que aprimoramos nosso captador para trabalhar em áreas de maior risco, podendo operar, por exemplo, em plataformas de petróleo offshore e áreas internas de silos agrícolas”, explica Cerviño.
O especialista conta que, em um levantamento da empresa, foi apontado que o mercado brasileiro de sistemas de localização em tempo real (RTLS) tem potencial de movimentar R$ 10 bilhões apenas em 2024 e o global US$ 22 bilhões até 2026, o que demonstra a preocupação crescente com a segurança e a eficiência operacional em indústrias de alto risco, além da valorização de tecnologias que aumentem a produtividade e a proteção dos trabalhadores.
Para Cerviño, o desenvolvimento do mercado de RTLS é crucial para que o Brasil alcance a indústria 5.0, que combina a revolução tecnológica com a valorização do ser humano. “Uma solução baseada em data analytics, digitalização e IoT, que fornece dados, insights e indicadores em tempo real, torna os locais de trabalho mais seguros e produtivos, colocando o ser humano no centro dos benefícios”, afirma.