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Mapeamento por satélite identifica uso correto de crédito rural, aponta Serasa Experian

Postado por Redação em 30/10/2024 em Notícias

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Cerca de 7% das operações analisadas têm alto risco de desvio de finalidade

Mapeamento por satélite identifica uso correto de crédito rural, aponta Serasa Experian

Reprodução

Informações inéditas levantadas pela Serasa Experian reforçaram a relevância do mapeamento por satélite no agronegócio. Com esse tipo de tecnologia foi possível identificar, por exemplo, dados sobre o cenário de aplicação dos financiamentos públicos para o campo.

Segundo a companhia, numa amostra de 3,9 Mha de soja na safra 2022/23, 8 em cada 10 (76%) operações analisadas realizaram o uso adequado dos recursos ou estão dentro da margem de erro – de até 10% da área de produção – que podem significar não um desvio, mas uma gleba não tão bem delimitada no momento de elaboração do projeto para concessão de crédito rural, por exemplo. 

Para o head de agronegócio da Serasa Experian, Marcelo Pimenta, a entrega de informações recentes e concretas sobre os imóveis rurais e cultivos agrícolas é fundamental para que o mercado de crédito rural possa conhecer melhor seus clientes e fazer uma gestão de risco assertiva. “Além disso, empregar o uso de tecnologia para enriquecer análises como essas torna todo o processo de monitoramento mais dinâmico e reduz custos. Por isso temos investido em soluções inteligentes e análises personalizadas para impulsionar toda a cadeia do agronegócio”, completa Pimenta.

Ainda sobre os dados analisados, incluindo uma amostra dos mapas agrícolas proprietários e glebas concedidas em operações de crédito com recursos públicos, dentro dos 3,9 Mha financiados durante a safra 2022/23, cerca de 607 mil hectares foram identificados com possível desvio de finalidade, aproximadamente 16% do território total analisado. Ou seja, o recurso público captado em financiamento para custear lavouras pode não ter sido utilizado para o fim que o plano de aplicação demandava. Este número indica que 24% das operações de crédito voltadas para a produção de soja tiveram mais de 10% da área financiada cultivada com plantio diferente do proposto, ou permaneceu sem nenhum cultivo durante o período analisado. Em um cenário mais crítico, observa-se que, dentro desse percentual, 7% das propriedades registraram possível desvio de finalidade para 90 a 100% da área da gleba.

Considerando o crédito concedido associado à área analisada e com potencial desvio maior que 10%, o risco financeiro seria de cerca de R$ 3 bilhões, o que equivale a 15,7% de todo o crédito agro contratado para custear o cultivo da soja no período de análise. “Mitigar esse tipo de risco e prover dados para tomada de decisão é a principal premissa da nossa atuação no agronegócio. Com esse estudo, identificamos uma oportunidade trazida pelo monitoramento por satélite no setor de crédito financiado, pois com ele é possível rastrear o território e, consequentemente, evitar perdas em toda a cadeia. A boa notícia é que essa tecnologia já existe e pode ser aplicada”, comenta o head de agronegócio da Serasa Experian.

Tecnologia de satélite para mapeamento de propriedades é diferencial no campo

Os mapas de cultivos agrícolas de soja, milho, algodão e cana-de-açúcar, analisados em conjunto com dados públicos sobre as operações de crédito rural permitem a construção de estudos personalizados sobre as diferentes regiões do país. “Dessa forma, conseguimos contribuir para um agronegócio mais transparente, eficiente e para mitigar riscos para todos, evidenciando irregularidades e fortalecendo quem atua de acordo com as melhores práticas agrícolas – o que possibilita uma oferta e busca por crédito mais seguras e confiáveis no setor, criando um ambiente de negócios mais dinâmico e sustentável”, finaliza o head de agronegócio da Serasa Experian.

Além dos dados de desvio de finalidade e dos mapeamentos de cultivo agrícola, a tecnologia de satélite pode detalhar, remotamente, aspectos sobre o manejo agrícola, potencial de expansão no campo, tendências territoriais e até monitorar emissões de gases do efeito estufa, contribuindo para uma cadeia mais sustentável e em acordo com critérios socioambientais.

 

Postado por Redação em 30/10/2024 em Notícias

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