Ao lado de especialistas e empresários, executivo destacou o potencial do agro brasileiro

José Rossato destacou o potencial do agro brasileiro, que deve trabalhar com mais agilidade e precisão. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)

Analisar a viabilidade econômica do agronegócio brasileiro e debater oportunidades e a contribuições do agro à pauta ESG foram os destaques do Seminário LIDE | Agronegócio, realizado na manhã da última quarta-feira (4), na CASA LIDE, em São Paulo. Com curadoria de Francisco Maturro, head do LIDE Agronegócio, o evento reuniu especialistas e empresários do setor.

Grazielle Parenti, VP de Sustentabilidade da Syngenta, apontou certa dificuldade em demonstrar as ações ESG no setor. "O primeiro jeito de olhar para a sustentabilidade é como compliance, e a segunda é como negócio, por isso é tão importante buscar uma cadeia de fornecedores de confiança. Se um palito dessa estrutura cai, você desmonta o castelo inteiro. A maioria das empresas do agro são familiares, e a prosperidade dessas famílias está associada a fazer as coisas certas a todo momento".

Professor e vice-presidente da Associação De Olho no Material Escolar (DONME), Christian Lohbauer destacou a problemática de o agronegócio ser visto como um inimigo por outros setores da sociedade. "Lidamos com um problema de compreensão e de como a sociedade entende o que fazemos. A De Olho no Material Escolar cresceu e foi além nos últimos três anos, e levamos escolas e professores para visitar propriedades do agro. Nesse período, mais de 30 mil crianças já visitaram feiras, sentaram em colheitadeiras e puderam entender que também temos preocupação ambiental, e não trabalhamos com mão de obra escrava, como muitos livros ainda apontam".

Apesar dos desafios, o agro brasileiro tem grande potencial em todo mundo e tem margem para aproveitar novas oportunidades. "O campo precisa ser cada vez mais assertivo, rápido e técnico, principalmente quando se trata de bioinsumos. Em relação às tecnologias, há muito em desenvolvimento no país, o que faz com que o Brasil seja reconhecido como exportador de bioinsumos e tecnologia para o agro", destacou o secretário do Conselho de Administração da Coplana, José Rossato.

Gustavo Spadotti, chefe-geral da Embrapa Territorial, enfatizou a importância do agronegócio brasileiro para a produção mundial de alimentos. "Temos 210 milhões de habitantes, alimentamos mais de um bilhão de pessoas do mundo usando somente 33% da nossa área. Ainda temos áreas agricultáveis com potencial de abertura, mas no momento isso não é preciso".