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Inteligência artificial já impacta decisões no comércio de grãos

Postado por Enrico Manzi, country manager da Biond Agro em 23/04/2025 em Artigos

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O autor explora como a inteligência artificial no campo marca uma nova fase na gestão comercial do agronegócio

Inteligência artificial já impacta decisões no comércio de grãos
Enrico Manzi, country manager da Biond Agro. Divulgação

Nos últimos anos, a comercialização de grãos deixou de ser um jogo de intuição e passou a ser uma estratégia orientada por dados. A Inteligência Artificial, que já transformou setores como finanças e indústria, agora chega com força ao agronegócio — e não apenas no manejo da lavoura, mas no coração da tomada de decisão comercial.

Tenho acompanhado essa virada tecnológica de perto. O que antes era decidido com base em feeling agora pode ser planejado com algoritmos que analisam o histórico de preços, clima, câmbio, logística, demanda global e muito mais. São plataformas que aprendem com o mercado e operam 24 horas por dia, gerando alertas em tempo real sobre riscos e oportunidades.

Evoluímos de “vender quando sobe” para “vender com estratégia”. A IA ajuda a identificar momentos ideais, programar operações com derivativos e proteger a margem do produtor. Assim como acontece no mercado financeiro, o chamado trading algorítmico está ganhando espaço nas mesas de comercialização de grãos.

Plataformas integradas às bolsas como a CBOT já operam ordens de venda automaticamente, seguindo regras previamente definidas, reduzindo o peso da emoção nas decisões e antecipando movimentos do mercado com precisão.

Além disso, O Brasil já registrou  a primeira negociação de grãos 100% automatizada por Inteligência Artificial, conduzida por um consultor digital. É um marco que sinaliza um novo tempo para a gestão comercial no agro.

A tecnologia também antecipa riscos climáticos e ajusta o volume de venda conforme a previsão de produtividade. Em paralelo, ferramentas inteligentes já conseguem calibrar operações de hedge e otimizar rotas logísticas, reduzindo custos de frete — um detalhe que impacta diretamente o lucro.

Claro, ainda existem desafios: resistência à mudança, falta de capacitação e integração entre sistemas. Mas as ferramentas estão cada vez mais acessíveis, inclusive para pequenos e médios produtores. 

A IA não vem para substituir a mão de obra humana no campo, ela vem para complementar e deixar o agronegócio ainda mais eficiente. O produtor está deixando de ser refém da volatilidade e passa a ser um gestor de margem. No fim das contas, o futuro da comercialização de grãos já começou — e ele é algorítmico. O novo perfil do gestor rural vai exigir visão estratégica, capacidade de leitura de dados e disposição para testar novas ferramentas.

Postado por Enrico Manzi, country manager da Biond Agro em 23/04/2025 em Artigos

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