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Tecnologia facilita compra de insumos e ajuda a reduzir custos em 2025

Postado por Redação em 29/01/2025 em Notícias

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Planejamento, monitoramento de preços são outros aliados para otimizar custos e garantir uma safra competitiva

Tecnologia facilita compra de insumos e ajuda a reduzir custos em 2025
Divulgação: Orbia | Foto: reprodução

A safra de 2025 impõe desafios ao produtor rural, mas a tecnologia se apresenta como uma das aliadas para otimizar a compra de insumos e reduzir custos. Diante de questões geopolíticas, variações cambiais e desafios logísticos, ferramentas digitais, análise de dados e novos modelos de financiamento ganham espaço na estratégia do agronegócio.

Investimentos em alternativas como o uso eficiente de insumos, a adoção de tecnologias agrícolas inovadoras e a diversificação de fornecedores podem reduzir a dependência externa e aumentar a competitividade do agronegócio nacional. Com isso, a preparação do produtor rural brasileiro, seja ela financeira, logística ou tecnológica, serão fundamentais para assegurar boas margens e garantir a aquisição de insumos no momento certo. O planejamento antecipado e o monitoramento de variáveis como câmbio, taxa de juros e preços das commodities serão elementos essenciais para quem deseja maximizar os resultados na próxima safra.

Planejamento

De acordo com Guilherme Pereira, Head de Planejamento Estratégico da Orbia, plataforma digital integrada do agronegócio na América Latina, um bom planejamento começa pela análise detalhada dos custos envolvidos na formação da lavoura. "Com o cultivo planejado, o produtor pode identificar o momento certo de comprar os insumos. Assim, ele pode aproveitar janelas onde a relação de troca seja favorável e antecipar suas compras", explica o especialista.

Essa análise ajuda a aproveitar as oportunidade, como a observada em outubro de 2024, quando a relação de troca de uma tonelada de KCL (cloreto de potássio) era de 53,9 sacas de milho, significativamente abaixo das 66,99 sacas registradas em abril do mesmo ano, segundo o IMEA (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária).

Outro ponto vital é observar o câmbio, uma vez que grande parte dos insumos tem o preço atrelado ao dólar. "Com a moeda americana chegando próximo a R$ 6,00, o planejamento se torna ainda mais crítico para decidir entre antecipar compras ou travar preços de forma planejada", alerta Pereira.

Tendências e tecnologia

A adoção de tecnologias e insumos sustentáveis está em ascensão no país e deve continuar impulsionando o mercado agro neste ano e pode ser essencial para um bom planejamento de safra. Em 2023/24, os gastos com produtos biológicos no Brasil chegaram a R$ 5 bilhões, com um aumento de 15% em relação ao ciclo anterior. "Os insumos tradicionais ainda reinam na cesta de compras dos produtores, mas em estudo recente publicado pela McKinsey, 70% dos respondentes disseram que esperam manter ou aumentar o gasto com produtos biológicos, o que demonstra um avanço consistente deste tipo de insumo no manejo agrícola", aponta Pereira.

A digitalização também tem facilitado o acesso a insumos, uma vez que também é possível ter um crédito rural mais seguro para a aquisição deles. "Marketplaces e plataformas digitais agilizam negociações e aumentam a eficiência do planejamento estratégico no campo", acrescenta o porta-voz. Essas ferramentas permitem maior precisão na escolha do volume e tipo de insumos adquiridos, além de auxiliar na otimização do uso dos recursos.

Condições de financiamento

Opções de financiamento também são importantes para o produtor neste momento. No Brasil os produtores contam com duas principais fontes de financiamento: crédito público e privado. O público, por exemplo, pode ser vantajoso, pois permite a negociação à vista com as indústrias. “Outra opção muito utilizada é a modalidade de barter, em que o produtor troca parte da produção por insumos, garantindo segurança e previsibilidade", acrescenta Robson Rizzon, CCO da Orbia.

Porém, antes de se comprometer, o especialista recomenda que os produtores considerem fatores como taxa de juros, prazo, tipo de financiamento (custeio ou investimento) e impacto no retorno esperado. "Planejar é fundamental para que o retorno sobre o investimento seja positivo e a atividade se mantenha saudável", completa.

Logística e previsibilidade

Mesmo com o Brasil enfrentando desafios logísticos estruturais devido às grandes distâncias entre centros produtores e terminais portuários, o especialista acredita que não haja sinais de desabastecimento para 2025/26, mas o modal rodoviário predominante exige atenção constante.

Indústrias, distribuidores e fornecedores estão se organizando com base nos históricos de crescimento das principais culturas, como soja, milho, arroz e café, para atender à demanda. "A previsibilidade da intenção de plantio é essencial para alinhar a necessidade de insumos com as do campo", ressalta Rizzon.

Diversificação e resiliência

A diversificação de culturas segue como outra estratégia para minimizar riscos climáticos e financeiros e pode ser uma boa alternativa para os agricultores. "A monocultura não é sustentável a longo prazo. O produtor que busca combinar diferentes culturas e atividades consegue garantir maior resiliência e rentabilidade", conclui Rizzon.

Com um cenário de custos elevados e margens pressionadas, o planejamento de médio e longo prazo é imprescindível. A safra 2025 pode ser uma oportunidade para consolidar boas práticas e garantir a competitividade da agricultura brasileira.

 

Postado por Redação em 29/01/2025 em Notícias

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