Monitoramento digital prevê alta na infestação de Spodoptera e bicudo do algodão
Postado por Redação em 12/11/2024 em NotíciasArc™ farm intelligence tem 6 milhões de hectares monitorados no Brasil e alerta para o aumento de pragas na safra 24/25
Praga Spodoptera frugiperda
Aliado para ampliar a produtividade, auxiliar na redução do impacto ambiental, otimizar o uso de defensivos agrícolas, preservar os insetos benéficos à lavoura e evitar infestações que possam ser prejudiciais à safra e ao agricultor, o monitoramento digital de pragas é uma realidade em mais de 6 milhões de hectares brasileiros contemplados pelo Arc™ farm intelligence, da FMC, empresa de ciências para agricultura.
Em levantamento recente, a ferramenta detectou aumento na pressão de Spodoptera frugiperda, em todas as regiões nacionais, e do bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis), no Cerrado. “Com mais de 3 mil armadilhas espalhadas pelo Brasil, recentemente, observamos um pico de até seis mariposas por dia por armadilha, sendo que na safra 22/23, no mesmo período, o máximo identificado era de dois insetos. Essa informação confirma a tendência do aumento da pressão de Spodoptera frugiperda entre outubro e dezembro, período com altas temperaturas, chuvas e de início da safra, o que deixa o produtor em alerta e preparado com um manejo mais eficiente em campo”, explica Piero Castro, gerente de agricultura de precisão da FMC.
O profissional destaca que o aumento desses índices impacta proporcionalmente no potencial de dano, “por isso é sempre melhor prevenir e não deixar que as pragas cheguem às lavouras ou se desenvolvam. Com o Arc™ farm intelligence, o produtor é capaz de prever a pressão de pragas com precisão maior que 90%, o que possibilita um manejo mais assertivo para garantir melhor produtividade e rentabilidade”.
Outro dado importante monitorado pela ferramenta foi o aumento do bicudo-do-algodoeiro no Cerrado. “Esse inseto é capaz de dizimar até 90% de uma área de plantio e as armadilhas demonstraram que nesta safra, 24/25, a pressão já está maior do que a do ano anterior e a tendência, caso o manejo não seja efetivo nesse período, é aumentar ainda mais em novembro”, diz Piero.
A proliferação desse inseto é intensa e um único casal pode gerar milhões de descendentes do início ao final da safra, pois entre as fases de ovo e inseto adulto são necessários apenas 20 dias, em média. Por isso, o monitoramento diário da plataforma é uma estratégia para o manejo do algodão, já que é possível prever quais áreas sofrerão a maior pressão da praga. Com esses dados em mãos, pelo celular, o produtor pode fazer o manejo adequado, com precisão, no local e no momento mais apropriado.
Para abranger a identificação de pressão dessas e outras pragas no vasto território brasileiro agrícola, em 2024, a ferramenta expandiu sua geográfica de monitoramento, principalmente, nos estados de Mato Grosso, nas regiões do Vale do Araguaia e BR-163, Maranhão, Tocantins, Piauí e São Paulo. Hoje, os 6 milhões de hectares monitorados no Brasil representam 50% do monitoramento global da plataforma.
Dentre as funcionalidades do aplicativo e da versão web, é possível obter informações para manejos localizados, como rota de entrada, a predição da população e a pressão das pragas com antecedência. A ferramenta ainda disponibiliza, em parceria com a IBM, a previsão de clima a nível regional e uma tecnologia patenteada, que é capaz de identificar imediatamente qual praga está na armadilha, com a apresentação de informações analíticas que embasam a tomada de decisões do produtor rural.