Apenas 16% dos agricultores têm internet de alta qualidade, aponta pesquisa
Postado por Redação em 03/06/2024 em NotíciasA pesquisa envolveu um amplo espectro de integrantes da cadeia do agronegócio
A KPMG, uma das maiores empresas de prestação de serviços profissionais, em parceria com a SAE BRASIL, realizou uma pesquisa para compreender o agronegócio brasileiro. Chamada “Caminhos da Tecnologia no Agronegócio”, o levantamento apontou que apenas 16% dos entrevistados têm internet de alta qualidade na propriedade toda e podem usufruir de todos os benefícios das novas tecnologias no campo.
Uma fatia de 24% recebe o sinal de qualidade apenas na sede da fazenda. Os que têm o sinal de qualidade na sede e em parte da fazenda somam 33%. E 27% estão conectados, mas com sinal ruim.
A pesquisa envolveu um amplo espectro de integrantes da cadeia do agronegócio, incluindo produtores rurais, cooperativas, indústria de máquinas e equipamentos de tecnologia, prestadores de serviços, instituições de ensino e pesquisa e governo.
A iniciativa inédita buscou capturar e analisar os estímulos que levam os produtores rurais a investir em novas tecnologias, as tendências tecnológicas que estão sendo trabalhadas pelos fabricantes, a visão sobre sustentabilidade e a transição enérgica na cadeia do agronegócio.
Os dados indicaram ainda que quase todas as atividades da fazenda utilizam algum tipo de tecnologia para melhorar o desempenho no campo, sendo o GPS o instrumento mais utilizado por 91% dos entrevistados. Já os aplicativos de gestão financeira ficaram em segundo, com 85%; em terceiro, empatados com 76%, ficaram imagens de satélite e aplicativos de gestão agronômica; na sequência, a agricultura de precisão com 70%; e, por fim, uso de drones com 61%. A utilização de robôs não foi citada pelos entrevistados.
“O agronegócio cresceu nas últimas décadas com ampla disponibilidade de mão de obra, algo que não estará presente daqui para frente para o setor. Por isso, a oportunidade de avanço da automação será fundamental para o contínuo crescimento da indústria”, analisa a sócia líder de agronegócio da KPMG, Giovana Araújo.
Realizada em 2023 e finalizada no início de 2024, esta iniciativa buscou capturar e analisar os estímulos que levam os produtores rurais a investir em novas tecnologias, as tendências tecnológicas que estão sendo trabalhadas pelos fabricantes, a visão sobre sustentabilidade e a transição enérgica na cadeia do agronegócio, dentre outros temas.