Produtoras rurais compartilham resultados do uso de máquinas autônomas, sensores e conectividade 

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O mundo precisará dobrar sua produção de alimentos para suprir o boom na demanda populacional, que atingirá a marca de 10 bilhões de pessoas em 2050. Esse desafio tem na relação entre produtividade e tecnologia um pilar decisivo. O alerta abriu o diálogo no painel “A tecnologia a serviço da melhor produtividade no Agro: O caso John Deere” no Elas no Campo 2025, sob a mediação de Iara Nunes, diretora administrativa da Áster. 

Marcela Guidi, gerente de potfolio para agricultura de precisão e tecnologia da John Deere no Brasil, apresentou inovações da fabricante de máquinas agrícolas que contribuem com os agricultores para agregar produtividade e rentabilidade aos negócios. Entre as soluções estão máquinas autônomas, que respondem a ordens de serviço com precisão, e kits de conectividade que alavancam o monitoramento das atividades e a coleta de resultados.

“Nossas máquinas e sensores estão há anos colhendo dados. Essas informações levam à inovação, à inteligência artificial, à robótica, tudo isso devolvido ao solo e impulsionando os resultados no campo”, destaca Marcela Guidi, gerente de potfolio para agricultura de precisão e tecnologia.

Isso pode ser percebido na prática na Fazenda Perdigão, em Brasnorte, Mato Grosso. Ao assumir a gestão da propriedade em 2017, a agrônoma Carina Ceolin teve o apoio da tecnologia para se estruturar, estabelecer avanços e colher mais resultados. A propriedade cultiva soja, milho, milho pipoca e feijão mungo preto e hoje é uma das grandes referências em incorporação tecnológica em Mato Grosso.

A trilha tecnológica na Perdigão foi se intensificando safra a safra, com o suporte da Áster, concessionária John Deere em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Em 2024, a família investiu na automação de manobras de cabeceira nos processos de plantio e preparo dos solos. Este ano, foi a vez do compartimento de dados em campo, com a atualização dos monitores nos pulverizadores. E outros passos de inovação já estão sendo planejados pela líder da fazenda.

A eficiência operacional já conquistada, elevada em impactantes 280% na safra de milho, foi apresentada em fatos e dados às participantes do Elas no Campo. Eliminação de plantas duplas e sobreposição de linhas, gerando economia de sementes (18,25%), e a drástica redução de consumo de diesel (58%) foram apontamentos que impressionaram o público presente, entre outros indicadores.

Para o futuro, Carina Ceolin quer investir na sobreposição de mapas da fazenda para identificar mais pontos de melhoria, auxiliando nas tomadas de decisão. Mas o olhar da produtora rural vai além das cercas da fazenda. “Quero contribuir para desmistificar a imagem negativa do produtor rural. Nós fazemos sustentabilidade na prática e contribuímos para um mundo melhor”.