Movido por dados, conectividade, conhecimento técnico e visão estratégica, agronegócio entra de vez na era digital 

Sidney Corrêa, distinguished analyst da TGT ISG e autor do estudo

Segundo o relatório inédito ISG Provider Lens™ Agribusiness and Chemicals Services and Solutions 2025, produzido e distribuído pela TGT ISG, a conectividade rural, impulsionada pelas redes 3G, 4G e 5G e agora em preparação para a chegada do 6G, rompeu barreiras históricas, permitindo a coleta e o processamento de dados em tempo real. 

“A revolução no campo é uma realidade. Mais do que máquinas inteligentes, ela é feita de dados, conectividade, conhecimento técnico e visão estratégica. O agro agora é tech, e o futuro do planeta passa, cada vez mais, por essa nova lavoura digital”, comenta Sidney Corrêa, distinguished analyst da TGT ISG e autor do estudo. 

Segundo ele, essa infraestrutura tecnológica sustenta um novo modelo de agronegócio, menos dependente da atuação humana e mais orientado por dados. “Máquinas e sistemas são agora capazes de corrigir rotas de plantio e colheita em milissegundos, responder a mudanças climáticas em tempo real e ajustar o escoamento da produção de maneira autônoma. O uso de inteligência artificial e automação permite otimizações contínuas e embasa decisões estratégicas com previsibilidade e agilidade”, explica. 

O relatório revela que, além da tecnologia, o setor incorpora métodos de gestão avançados como o Planejamento Estratégico, Integrated Business Plan (IBP) e planos diretores agrícola, industrial e de manutenção agroindustrial. O suporte de consultores agrônomos e especialistas em planejamento garante que a transformação digital esteja relacionada a uma visão sustentável e de longo prazo, reduzindo riscos e incertezas. Frequências como 250 MHz, 450 MHz e 700 MHz, aliadas a sensores interconectáveis e redes inteligentes, reduziram áreas de sombra e criaram malhas dinâmicas de comunicação, essenciais para a automação e a tomada de decisão ágil.

Paralelamente, a rastreabilidade e a sustentabilidade também ganharam destaque. Soluções de blockchain garantem a integridade dos dados, reforçam a credibilidade junto a mercados internacionais e viabilizam práticas de economia circular. “O Brasil já desponta como um dos líderes em agricultura regenerativa e responsável, integrando tecnologia com ciência e responsabilidade ambiental”, comenta o autor. 

Dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) preveem crescimento de até 5% no PIB do agronegócio em 2025, impulsionado pela alta na produção de grãos, na indústria de insumos e nas exportações. A receita do setor deve crescer 7,4% em relação a 2024, totalizando R$ 1,43 trilhão. 

Além disso, o relatório indica que o ecossistema de inovação no campo se fortalece com o surgimento de AgTechs e novos fornecedores especializados, capazes de oferecer soluções robustas para empresas fora dos grandes centros urbanos. “Com data centers regionais e serviços profissionais baseados em OPEX, essas empresas têm acesso a capacidades computacionais antes restritas aos grandes polos industriais”, finaliza Sidney.

O relatório ISG Provider Lens™ Agribusiness and Chemicals Services and Solutions de 2025 para o Brasil avalia as capacidades de 29 fornecedores em quatro quadrantes: Digital IT/OT — Agribusiness, Supply Chain and Logistics — Agribusiness, Sustainability and Innovation — Agribusiness e Strategy and Enablers — Agribusiness.

O relatório aponta Accenture, Embrapa e PwC como Líderes em três quadrantes cada. Agrosmart, Deloitte, EY, iCrop e Solinftec como Líderes em dois quadrantes cada. Agrotools, CPQD e Xcelis são apontadas como Líderes em um quadrante cada.

Além disso, Embrapa, MadeinWeb, Moby, PwC e UniSoma são nomeadas como Rising Stars — empresas com um “portfólio promissor” e “alto potencial futuro” pela definição do ISG — em um quadrante cada.