Ferramenta para gestão de riscos na agricultura do MAPA completa 1 ano
Postado por Redação em 08/04/2024 em NotíciasFerramenta tende a ser atualizada para garantir maior precisão na mitigação de riscos climáticos
Divulgação/Freepik
Neste mês, o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a cultura da soja completa um ano desde a sua atualização, anunciada pelo Ministério da Agricultura em abril de 2023.
O Zarc é uma ferramenta para gestão de riscos na agricultura, desenvolvido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em parceria da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Desde sua implementação, o novo Zarc tem fornecido aos agricultores uma visão mais precisa e detalhada das condições edafoclimáticas que afetam suas colheitas. Uma das mudanças mais significativas foi a alteração da classificação de solos, que passou a ter uma abordagem mais complexa e completa, considerando os percentuais de argila, silte e areia dos solos e o parâmetro de Água Disponível (AD).
“O Zarc é uma ferramenta poderosa para os produtores, que permite planejar a safra e adequar as janelas de cultivo para proteger a lavoura contra intempéries e preservar o máximo potencial produtivo da soja. A tendência é que o Zarc evolua cada vez mais e possa trazer recomendações para necessidades específicas e condições locais”, conta Guilherme Frezzarin, superintendente de agronegócios da FF Seguros.
Celebrando um ano de aplicação no campo, o Zarc inspira outras iniciativas, abrindo caminho para uma agricultura mais inteligente, personalizada e resiliente contra os desafios climáticos. Um exemplo disso é o Documento 447 - Níveis de manejo do solo para avaliação de riscos climáticos na cultura da soja, lançado pela EMBRAVA, que propõe incorporar novos indicadores ao Zarc, já que o aporte de água nos sistemas agrícolas é um fator decisivo para o desenvolvimento da plantação.
A iniciativa da Embrapa prevê a criação de áreas de produção de soja em quatro níveis de manejo (NMs) para considerar os impactos de práticas agrícolas sobre características do solo. O modelo defende a aplicação do Índice de qualidade estrutural do solo (IQEs), obtido por meio do Diagnóstico Rápido da Estrutura do Solo (DRES).
“Em conformidade com a qualidade e o histórico do manejo adotado, a metodologia prevê a adequação de parâmetros dos modelos do Zarc que determinam a disponibilidade de água para a cultura, gerando assim riscos hídricos decrescentes do primeiro ao quarto nível (NM1 ao NM4)”, afirmou a Embrapa em comunicado.
Segundo Frezzarin, a proposta da Embrapa é vanguardista e vai inspirar os agentes de mercado. Na FF Seguros, os cuidados com o manejo de solo já vinham sendo considerados pela equipe de subscrição desde 2021, valorizando as áreas de clientes que aplicavam boas práticas, como a adequada rotação de culturas e técnicas de conservação. “Temos tecnologia para identificar o tipo de solo, o tipo de manejo, as culturas antecessoras e a recomendação de correção de solo para aderir ao seguro. A cultura do seguro faz parte desse pacote de tecnologias”, conta Frezzarin.
Os avanços do Zarc colaboram para mitigar riscos com mais precisão. Dessa forma, a seguradora pode ajustar suas políticas e taxas para oferecer apólices mais competitivas, com preços e condições que reflitam a realidade de produção do agricultor e de forma cada vez mais assertiva.