Solução de IA reduz em até 95% o uso de herbicidas e identifica ervas daninhas mesmo em culturas já desenvolvidas

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Uma nova geração de algoritmos de Inteligência Artificial, capaz de identificar com mais precisão as ervas daninhas, promete otimizar a pulverização seletiva em diferentes culturas, a partir de um sistema de sensores que utiliza análises de imagens de alta resolução na lavoura. A solução desenvolvida pela SaveFarm, tecnologia da Eirene Solutions, vem se destacando no mercado e deve fechar 2025 com 300 equipamentos em operação no Brasil e em outros países da América Latina, mas agora chega ao mercado reformulada e com novas funcionalidades. 

A principal inovação está na integração com a Inteligência Artificial, usada para mapear o solo e as características morfológicas das plantas, identificando as ervas daninhas em meio à plantação - mesmo em culturas já desenvolvidas (verde sobre o verde) -, diferenciando a cultura comercial independentemente do tamanho das plantas.

“Esta nova geração de algoritmos eleva a agricultura de precisão a um outro patamar, com maior capacidade de processamento de imagens e aprimoramento do manejo de ervas daninhas, tornando a pulverização mais assertiva e econômica”, explica Eduardo Marckmann, CEO da Eirene Solutions, que apresentará a inovação na 30ª edição da Agrishow, em Ribeirão Preto (SP).

Ele explica que graças à Inteligência Artificial embarcada, a pulverização seletiva pode ser feita tanto em plantações já desenvolvidas quanto em palhadas. “Buscamos atualizar constantemente a nossa tecnologia, fornecendo aos produtores uma ferramenta com recursos avançados e que possam ser usados em diferentes etapas do calendário agrícola, de forma fácil e intuitiva”, destaca Eduardo Marckmann.

A pulverização seletiva reduz em até 95% o consumo de defensivos agrícolas e ainda ajuda na sustentabilidade ambiental, diminuindo significativamente o volume de embalagens descartadas e o consumo de combustível utilizado na pulverização.

Como funciona

O sistema possui sensores com câmeras de alta resolução, que são instalados nas barras dos pulverizadores. A solução consegue captar 30 imagens por segundo, e analisa 27 milhões de pixels por segundo em cada máquina com a tecnologia, com capacidade de processamento de 3,3 milhões de imagens por hora. 

Os sensores funcionam em tempo real, sem necessidade de acesso à internet ou qualquer conexão externa. A velocidade de processamento permite fazer a pulverização em até 25 Km/h. “A identificação de quais plantas precisam receber os herbicidas é feita por meio de parâmetros analisados pela IA. Os sensores capturam a morfologia da planta, as cores, o tamanho, comparam com solo, largura de plantio, realizam cálculos computacionais complexos, mas entregam de forma simples a informação para que qualquer pessoa consiga usar a ferramenta sem dificuldade", afirma Eduardo Marckmann. 

Desta forma, tanto o operador quanto o gestor da propriedade conseguem acompanhar todo o processo, receber diagnósticos e parametrizar a operação através de uma interface gráfica e touchscreen instalada na cabine do pulverizador.