Programa Plano Genético da Alta consolida dados de mais de 300 fazendas para gerar benchmarks e orientar decisões técnicas

Manoel Sá Filho, gerente de Corte da Alta durante apresentação no workshop Plano Genético

A pecuária de corte brasileira, que movimentou R$ 150 bilhões em 2024, tem potencial para ganhos significativos em produtividade e rentabilidade. Um dos caminhos para esse avanço é a adoção de ferramentas estratégicas de coleta e análise de dados, como o Plano Genético da Alta, que reúne mais de 1,1 milhão de registros de desempenho animal em diferentes regiões, sistemas de produção e raças de Corte.

"O Plano Genético vai além da coleta de dados: é uma plataforma de benchmarking que permite aos criadores identificar padrões, comparar resultados e ajustar estratégias com base em evidências", explica Manoel Sá Filho, gerente de Corte da Alta. Segundo ele, o programa fornece métricas críticas, como peso à desmama em diferentes cenários, e pode evoluir para o acompanhamento do ganho até o abate, essenciais para avaliar a eficiência genética e operacional das propriedades.

Participantes do programa, como JLS Fazendas Reunidas e Grupo Cabrália Agro, contribuem com mais de cinco mil dados anualmente. Para Verônnica Almeida, do Grupo Cabrália, a iniciativa oferece subsídios para alinhar a produção aos objetivos da propriedade."É primordial participarmos de programas como esse, pois os relatórios nos ajudam a identificar quais ajustes são pertinentes", explica.

A pecuarista responsável pela Cia Azul Agropecuária, Susana Macedo Salvador, destaca o papel do planejamento genético como ferramenta. "Com dados consolidados e informações aplicáveis, conseguimos traçar metas claras para a seleção de animais, garantindo que a genética trabalhe a favor da rentabilidade", afirma. Já Fábio Morais, da Fazenda Morais, enfatiza o valor do benchmarking: "Os comparativos nos mostraram oportunidades de melhoria no manejo de desmama, impactando diretamente nossos resultados".

Genética e gestão: pilares da pecuária moderna

Sá Filho ressalta que a genética é um dos principais pilares para melhorar a produtividade nas propriedades. "O programa identifica gargalos produtivos e auxilia na escolha de reprodutores adaptados a cada realidade, sistema de produção e objetivos de cada criador, propondo soluções para uma produção cada vez mais eficiente e rentável", afirma.

Em março, a Alta promoveu o Workshop Plano Genético em Uberaba (MG), reunindo pecuaristas e especialistas para discutir soluções baseadas em dados. "Eventos como esse são fundamentais para disseminar conhecimento técnico, trocar experiências e aproximar a teoria da prática no campo", conclui o gerente.

Com a crescente demanda por eficiência, iniciativas como o Plano Genético reforçam a importância da integração entre ciência, tecnologia e gestão para o futuro da pecuária brasileira.