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A SP Ventures, líder em gestão de Venture Capital focada em tecnologias para a cadeia AgFood na América Latina, investiu até o momento mais de 37 milhões de dólares, aproximadamente R$ 187 milhões - em 17 empresas, beneficiando mais de 626 mil produtores agrícolas.  

Estes investimentos e o progresso dessas empresas foram detalhados no segundo Relatório de ESG e Impacto de 2023, publicado pela gestora. No documento, a SP Ventures compromete-se a expandir sua estratégia e investimentos no fundo atual, com foco na incorporação de tecnologia, empreendedorismo, inovação e abordagens renovadas para promover uma cadeia AgFood mais sustentável e responsável. 

“Investir na AgTech da América Latina é uma oportunidade fantástica de triplo resultado, atingindo três metas cruciais: retorno financeiro, segurança alimentar e combate à crise climática urgente. A América Latina se destaca como uma das principais regiões globais em produção de alimentos e sustentabilidade ambiental. Portanto, é tempo de subirmos um nível, garantindo que o aumento da produção e da produtividade alimentar anda de mãos dadas com a adopção de práticas sustentáveis e regenerativas”, afirma Francisco Jardim, sócio geral da SP Ventures. 

De acordo com o relatório recente, os investimentos da SP Ventures em startups de agtech, foodtech, agfintech, climatech, biotech e edtech resultaram em uma receita superior a US$ 70,3 milhões em 2022, afetando positivamente mais de 73,5 milhões de hectares. O valor total arrecadado pelas empresas do portfólio alcançou US$ 241 milhões. 

“A SP Ventures reconhece seu papel como investidor de referência em capital de risco para o setor do agronegócio e está comprometida em nutrir o ecossistema e estabelecer melhores práticas. Após um período de estruturação da sua jornada estratégica ESG, que atingiu agora uma fase madura, 2023 foi focado na aquisição e fortalecimento de conhecimento para apoiar o ecossistema. Assim, a SP Ventures pretende ser um catalisador de temas ESG em seu âmbito, participando de eventos para auxiliar as empresas de seu portfólio a se posicionarem, bem como participando de grupos de discussão e firmando parcerias com organizações”, diz Felipe Gut, sócio na SP Ventures. 

Mudanças climáticas e novas tecnologias 

 O relatório de 2023 destaca que a agricultura e o sistema alimentar mundial enfrentam grandes desafios. Problemas como a pandemia e conflitos geopolíticos pressionaram as cadeias de abastecimento, levando a aumentos nos preços de ingredientes básicos, fertilizantes e energia.  

Além disso, eventos climáticos extremos, como inundações, secas e geadas inesperadas, causaram falta de alimentos, mostrando a urgência de lidar com a vulnerabilidade da agricultura às mudanças climáticas. Conforme o documento, as mudanças climáticas já são uma crise em andamento que exige ação imediata. 

Conforme o levantamento, as atividades humanas, principalmente nos últimos cem anos, fizeram as quantidades de dióxido de carbono na atmosfera subirem rapidamente, causando um aumento das temperaturas globais para níveis nunca vistos antes. Isso resultou em eventos climáticos extremos mais frequentes e intensos, causando prejuízos que custaram bilhões de dólares.  

Entre 2017 e 2020, foram registrados cerca de 3.350 eventos climáticos extremos, com prejuízos totais de 885 bilhões de dólares. Há uma necessidade urgente de tratar esses problemas e tornar a agricultura mais resiliente às mudanças climáticas, aponta o relatório. 

 A pesquisa apresenta informações sobre como a agricultura afeta o meio ambiente e a vida cotidiana das pessoas. Mostra também que o uso de tecnologia pode aprimorar métodos de cultivo, como a agricultura de precisão, o uso de alternativas biológicas e planejamento de rotas mais eficientes.  

Essas melhorias podem aumentar a produção agrícola e diminuir tanto as emissões de gases quanto a necessidade de expandir as áreas de cultivo, contribuindo para uma economia que emite menos carbono. 

O principal desafio apontado pelo relatório é o atendimento da crescente demanda de alimentos no mundo e a sustentabilidade do sistema alimentar. Frente a isto, a gestora acredita na necessidade da agricultura de se reinventar, adotando novas tecnologias e novas práticas de forma a aumentar a produtividade de forma responsável e respeitando os limites do planeta.