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Monitoramento de nitrogênio pode economizar R$ 1 bi ao ano em lavouras paulistas

Postado por Redação em 23/09/2025 em Notícias

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Tecnologia pode economizar R$ 250 mil por ano em uma propriedade familiar e até 20 vezes mais para um grande produtor corporativo 

Monitoramento de nitrogênio pode economizar R$ 1 bi ao ano em lavouras paulistas

Divulgação

O setor agrícola paulista, um dos mais importantes produtores de alimentos do Brasil, pode economizar até R$ 1 bilhão anuais ao adotar tecnologia de monitoramento de solo em tempo real, segundo a Stenon, líder global em agtech. 

Segundo dados da ANDA acompanhados pela Datamar, os agricultores paulistas compraram 2,11 milhões de toneladas de fertilizantes no primeiro semestre de 2024 – volume que normalmente dobra até o fim do ano. Projetando de forma conservadora 4,3 a 4,5 milhões de toneladas para a safra completa e aplicando a mistura padrão de cultivos, estima-se que cerca de 1,4 milhão de toneladas de produtos nitrogenados sejam aplicados nos 8 milhões de hectares agrícolas do estado. Nos preços atuais de compra, essa conta pode ultrapassar os R$ 3,5 bilhões.

Análises de campo independentes e estudos de caso mostram que o manejo de nitrogênio com precisão e de forma específica para cada cultura pode reduzir o uso total do fertilizante de 20% a 30% sem prejudicar a produtividade. Aplicado a toda a área agrícola de São Paulo, isso significa cortar 0,28 a 0,42 milhão de toneladas do volume comprado e economizar entre R$ 0,7 bilhão e R$ 1,1 bilhão por ano – uma proteção direta contra a próxima alta de preços impulsionada por fatores geopolíticos.

A companhia Stenon oferece uma tecnologia patenteada da empresa alemã, baseada em sensores de campo, que mede o nitrogênio mineral disponível para a planta e o carbono orgânico do solo (SOC) em menos de 20 segundos, diretamente ao lado do pulverizador ou distribuidor. Para operações brasileiras que semeiam áreas de 1.000 hectares de uma só vez, a diferença torna possível emitir uma prescrição de taxa variável de nitrogênio em poucas horas – permitindo que os agrônomos “mirem baixo para errar pouco” em um nutriente que se volatiliza ou lixivia em poucos dias.

O dispositivo se integra ao aplicativo web da Stenon, cuja integração personalizada com o sistema de gestão agrícola pode enviar as recomendações de nitrogênio da empresa diretamente ao controlador de taxa variável em minutos. Por trás do sensor, há mais de 50 patentes concedidas e um dos maiores bancos de dados privados de solos do mundo, criado ao longo de anos em múltiplos países e de propriedade da Stenon, que hoje ultrapassa 3 milhões de leituras de sensores de campo em quatro continentes. Um recalibramento contínuo por machine learning mantém a precisão elevada – vantagem crucial diante da diversidade dos solos brasileiros, que variam de latossolos argilosos a cerrados arenosos.

A produção de um quilo de ureia emite cerca de 1,9 kg de CO?e, e a aplicação excessiva de nitrogênio frequentemente provoca perdas ainda maiores de óxido nitroso. Retirar 0,4 milhão de toneladas de produto evita, portanto, quase 0,76 milhão de toneladas de CO?e na fabricação – equivalente a retirar cerca de 165,000 carros de passeio das ruas por um ano –, além de prevenir ainda mais emissões de gases de efeito estufa no campo. Este é avanço significativo rumo às metas climáticas assumidas pelo agronegócio brasileiro.

“O nitrogênio é um alvo móvel – aplicar cedo demais significa perdê-lo para a atmosfera; tarde demais, e você perde produtividade. A Stenon oferece aos produtores e empresas agrícolas os dados em tempo real de que precisam para acertar na mosca a cada safra, mesmo nos maiores campos do estado”, afirma Niels Grabbert, CEO da Stenon.

“O resultado é um menor custo por saca de cana e milho, solos mais saudáveis e uma pegada de carbono mais leve. No mercado volátil de hoje, isso é tanto gestão de risco quanto agronomia", completa.

Agrônomos que aplicaram o sistema da Stenon no oeste paulista reportam reduções de 20% na dose de nitrogênio no milho e de até 42% na cana-de-açúcar, com produtividades estáveis ou ligeiramente superiores graças ao melhor momento de aplicação. Esses ganhos escalam quase linearmente com a área: o que economiza R$ 250 mil por ano em uma propriedade familiar média economiza vinte vezes mais para um grande produtor corporativo.

Com as cadeias globais de suprimento de fertilizantes cada vez mais frágeis – a Rússia ainda fornece cerca de um terço do nitrogênio importado pelo Brasil, enquanto as rotas marítimas do Oriente Médio enfrentam novas ameaças – a eficiência orientada por dados torna-se tão estratégica quanto o preço. 

Postado por Redação em 23/09/2025 em Notícias

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