Estudo do PwC Agtech Innovation mapeia maturidade de inovação aberta no agronegócio
Postado por Redação em 10/10/2024 em NotíciasPesquisa indica que 82% grandes empresas e cooperativas estão presentes em pelo menos um hub de inovação e 76% praticam a inovação aberta
O agronegócio no Brasil vive um momento de contínuo esforço entre agentes de seu ecossistema em busca das melhores práticas, soluções e evolução na gestão do conhecimento – 82% dos players ouvidos para o Termômetro da Inovação Aberta no Agro, estudo lançado pelo PwC Agtech Innovation, estão presentes em pelo menos um hub de inovação e 54% participam de dois ou mais. O levantamento, em sua primeira edição, mede o grau de maturidade da prática da inovação no setor.
“A nossa pesquisa explora a complexidade e a dinâmica do ecossistema de inovação no agronegócio, destacando a necessidade de estratégias integradas que coordenem todos os participantes do ecossistema em torno de uma colaboração mais efetiva”, afirma Maurício Moraes, CEO do PwC Agtech Innovation, sócio da PwC Brasil e líder do setor de agronegócio.
76% das empresas participantes praticam a inovação aberta, o que demonstra o entendimento de que é valiosa a colaboração citada pelo sócio: “Nesse contexto, os hubs de inovação, a exemplo do PwC Agtech Innovation, emergem como facilitadores que conectam e refinam as interações entre as partes”, completa o CEO.
O estudo demonstra que há, também, a necessidade de refinar estratégias para integrar melhor as soluções de inovação às demandas práticas do campo e promover a sustentabilidade agrícola. Atualmente, 82% das organizações gostariam de colaborar com parceiros estratégicos no futuro, mas apenas 38% se sentem preparadas para este tipo de ação.
Ainda dentro de uma tendência de que é preciso fortalecer laços para evoluir em conjunto, 80% dos participantes esperam que seus grupos de inovação façam conexões com áreas internas e parceiros externos, mas só 32% afirmam que estão efetivamente conectados. Além disso, apenas 28% conseguem escolher parceiros externos com facilidade, para 68% esta busca é um objetivo futuro.
Tecnologia
A pesquisa revela uma clara tendência de digitalização e aplicação de tecnologias avançadas em todas as etapas do processo agrícola, desde a preparação do solo, plantio até a colheita e distribuição, com crescente preocupação com a sustentabilidade e eficiência operacional entre as empresas e cooperativas.
Na categoria “antes da porteira”, os investimentos em tecnologia se concentram em inteligência artificial (61%), digitalização (57%) e automação, aprendizado de máquina e robótica (55%). Esta é a fase em que os dados e a pesquisa agrícola desempenham um papel fundamental para o desempenho das demais atividades da cadeia produtiva.
Na sequência, o Termômetro da Inovação avalia os investimentos “dentro da porteira”. Nesta categoria, tecnologias de agricultura de precisão foram destacadas por 69% dos participantes e, na sequência, as soluções para descarbonização e ESG aparecem como a segunda maior frente de investimento tecnológico, para 55% dos respondentes, mostrando que eficiência operacional e sustentabilidade são as maiores preocupações da cadeia produtiva do agro.
Por fim, em “depois da porteira”, armazenamento, infraestrutura e logística lideram os investimentos com 59% das respostas, enquanto a indústria 4.0 está entre os investimentos de 52% dos respondentes. Com relação a aportes em startups, 26% da amostra de corporações e cooperativas coinvestem com venture capitalists, 23% já adquiriram startups e 23% investem por meio de corporate venture capitalists.