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Tero Carbon utiliza tecnologia para atender mercado de créditos de carbono e destaca o papel do agro

Postado por Redação em 18/06/2024 em Notícias

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Segundo o CEO, expectativa é que o agro brasileiro tenha papel fundamental em soluções baseadas na natureza (NBS) que gerem créditos de carbono para suprir a demanda mundial 

Francisco Higuchi, CEO da Tero Carbon

Segundo levantamento da McKinsey, as movimentações financeiras no setor de crédito de carbono podem chegar a US$ 50 bilhões até 2030. O grande desafio global, no entanto, é garantir a rastreabilidade e a confiabilidade dos ativos. Pensando nisso, a Tero Carbon, única certificadora de créditos e estoque de carbono do Brasil com DNA genuinamente amazônico, desenvolveu uma plataforma para tornar o processo de registro de créditos e ativos ambientais mais seguro. 

Utilizando blockchain, a Plataforma Tero, garante mais transparência, agilidade e segurança para as empresas interessadas no mercado de crédito de carbono, empregando a tecnologia no processo de registro das operações dos seus ativos ambientais. 

A solução foi desenvolvida para atender às necessidades dos desenvolvedores quanto dos compradores de crédito de carbono, que buscam confiabilidade na hora de registrar seus projetos de redução ou remoção das emissões de gases do efeito estufa.  

Por meio da plataforma é possível gerenciar a emissão de certificados de transferência e aposentadoria, de forma simples e segura. "Ainda estamos na versão Beta, mas a expectativa é que, ao final do processo de auditoria, o Documento de Concepção de Projeto (DCP) será gerado automaticamente e anexado ao certificado NFT de cunhagem dos ativos. Hoje nós somos a única certificadora integrada com a Open Sea, uma das maiores plataformas de negociação de tokens não fungíveis", afirma Mateus Bonadiman, sócio e diretor de produto da Tero Carbon.  

Com isso, segundo Bonadiman, é possível garantir uma melhor visualização dos certificados do tipo NFT, entregando transparência e gerando mais valor para os créditos de carbono verificados pela certificadora nacional. 

Outra vantagem da solução é o armazenamento de dados em blocos interligados, que não são passíveis de exclusão ou modificação sem o consenso da rede, o que garante que o mecanismo de certificação seja inalterável ou imutável e evita a duplicidade dos ativos.  

Os créditos de carbono aposentados, por exemplo, são "queimados" e, com isso, não podem mais ser transferidos, o que ajuda a resolver falhas de mercado, como a dupla-contagem. A ferramenta utiliza a rede blockchain pública da Polygon para registro e o sistema de arquivos interplanetário IPFS para armazenamento das informações públicas do projeto. Esse conjunto de tecnologias integradas empregam um diferencial frente às demais plataformas no mercado. 

A expectativa da Tero Carbon é que no curto prazo todos os documentos de concepção de projeto (DCPs) sejam gerados automaticamente. "Nós queremos integrar a plataforma com auditores para agilizar e padronizar a geração dos ativos", esclarece Bonadiman.  

O papel do Agronegócio no Mercado de Carbono

Ainda segundo levantamento da McKinsey, o Brasil pode ser um grande protagonista no setor de crédito de carbono, visto que concentra 15% do potencial global de captura de carbono por meios naturais. Esse protagonismo deve-se, em parte, ao papel importante que o agronegócio desempenha no país. 

“Nossa expectativa é que o agronegócio brasileiro tenha um papel fundamental em soluções baseadas na natureza (NBS) que gerem créditos de carbono para suprir a demanda mundial. O mundo, como um todo, já passa por um ‘deficit’ de oferta de créditos no mercado e, se considerarmos a quantidade de crédito que o planeta demanda para compensar as emissões globais e manter a temperatura dentro dos 1,5 ºC, o deficit é superior a 10x a sua oferta atual”, compartilha Francisco Higuchi, CEO da Tero Carbon. 

Com práticas agrícolas sustentáveis, como o plantio direto, a rotação de culturas e a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), o setor agropecuário brasileiro tem uma enorme capacidade de armazenamento de carbono. 

Um exemplo de como os créditos de carbono brasileiros, gerados pelo agronegócio, podem contribuir é o projeto Eco Farm Santa Bárbara Coffee, de Monte Carmelo-MG. Sob a liderança de Juliana Rezende, CEO da Moncerrado Comércio e Exportadora de Café, UFG, e com o apoio técnico do LMF/INPA, o projeto apresentou estimativas da quantificação de Remoção de Carbono na Cultura de aproximadamente 2 mil tCO2e, demonstrando a capacidade do agronegócio em contribuir com a mitigação da Mudança Climática no setor AFOLU.  

“A expectativa é que outras fazendas de café da região possam também aderir e desenvolver projetos similares e, posteriormente, que outras culturas agrícolas possam também gerar créditos de carbono”, conta Higuchi. 

O CEO menciona também que há desafios específicos esfrentados pelo setor do agronegócio. “São diversos os desafios, o primeiro é a compreensão do mercado com a tese de crédito de carbono pelo agro. É importante desmistificar o papel do agro no “problema” (aquecimento global). De longe é o grande vilão. Tem sua contribuição para as emissões, mas entrega muito também, como a segurança alimentar e uma boa fatia do PIB brasileiro. Então, não é uma emissão inútil, como a do desmatamento ilegal (em qualquer bioma).” 

Segundo Higuchi, o papel da Tero Carbon é trazer o agro para “o lado da solução da 'equação'” e, por meio da plataforma da empresa, trazer mais transparência e vitrine para os impactos do agro nessa relação com o clima.

Postado por Redação em 18/06/2024 em Notícias

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