Tecnologia nacional monitora parâmetros críticos em tempo real

DeepPCE alerta em tempo real problemas que podem acontecer no secador. Divulgação

Dados da CONAB revelam que esses secadores agrícolas, presentes em 89% das unidades armazenadoras, são responsáveis por 43% dos sinistros no pós-colheita. Diante desse cenário desafiador, a PCE Engenharia, com sede em Panambi (RS), desenvolveu uma solução tecnológica que está transformando a segurança no processo de secagem.

"Nossa solução atua como um sistema de alerta antecipado, capaz de identificar e neutralizar riscos antes que se transformem em catástrofes", explica Everton Rorato, diretor da PCE Engenharia.

O diferencial da tecnologia reside em seu algoritmo proprietário, o DeepPCE que processa dados de umidade, temperatura e pressão em tempo real. Quando detecta anomalias, que venham a elevar riscos de incêndio o sistema aciona alarmes de segurança indicando ao operador onde está o problema.

Para o próximo ano, a companhia prepara o lançamento de uma versão ainda mais avançada do sistema, incorporando inteligência artificial preditiva. Essa evolução permitirá antecipar falhas operacionais com antecedência, ampliando ainda mais a margem de segurança. O desenvolvimento coincide com um momento estratégico para o setor, marcado pelo novo marco do Seguro Rural que prioriza soluções preventivas.

A combinação entre tecnologia acessível e resultados mensuráveis tem despertado o interesse de cooperativas e cerealistas em todo o país. "Estamos diante de uma solução que resolve uma dor antiga do setor com eficiência comprovada", destaca Rorato. Com a safra em pleno andamento, o timing para adoção dessa tecnologia nunca foi tão adequado, oferecendo ao mercado a oportunidade de proteger seus ativos em um dos momentos mais críticos da cadeia produtiva.