Agtech chega ao Brasil com IA avançada e modelos preditivos para o agro
Postado por Redação em 24/01/2025 em NotíciasSolução permite que empresas agrícolas desbloqueiem insights a partir de dados de P&D para criação de produtos
Da esquerda para a direita, Pablo Romero, COO & CFO; Esteban Hernando, CSO; Ramiro Olivera, CEO e Andrés Rabinovich, CTO. Divulgação Calice.
A agtech Calice acaba de chegar ao Brasil, com o objetivo de levar a agricultura local a um novo patamar tecnológico. Com atuação na Argentina e Estados Unidos, a empresa é especializada em modelar computacionalmente dados biológicos e agronômicos de culturas para prever e melhorar seus rendimentos, qualidades e adaptabilidade em diversos cenários ambientais.
Entre suas principais soluções está o software, NODES™, uma plataforma que utiliza inteligência artificial avançada, ciência de dados e modelos preditivos para transformar grandes quantidades de informações agrícolas em insights acionáveis. A tecnologia permite que as empresas otimizem os seus programas de I&D (Investigação e Desenvolvimento) e teste de posicionamento de produtos, reduzindo custos, aumentando a eficiência e minimizando o impacto ambiental.
“Nossa missão é contribuir para um mundo mais sustentável, ajudando os clientes, com o poder da ciência e da tecnologia, a desenvolver melhores culturas e produtos, garantindo que os recursos naturais e produtivos sejam universalmente acessíveis”, disse o CEO da Calice, Ramiro Olivera.
Estratégias
Para o avanço da empresa principalmente no Brasil, a agtech realiza uma rodada de investimento que já captou 1,5 milhões de dólares. A estratégia é ampliar o desenvolvimento e o aprimoramento de suas tecnologias, bem como estruturar a chegada ao mercado brasileiro. “Esses são os principais pilares destes investimentos. Queremos aprimorar a nossa plataforma e também fortalecer o desenvolvimento comercial no Brasil juntamente com os outros mercados que já atuamos”, destacou Olivera.
O escritório da empresa está sendo estruturado em Curitiba/PR, e terá como principal diretor no Brasil, o engenheiro agrônomo Mauricio Varela, que tem conhecimento sólido no mercado local e na agricultura, onde atua no desenvolvimento de startups há mais de 10 anos. “Já temos um time comercial instalado e os nossos próximos passos são: ampliação dessa equipe de captação de clientes para ajudar no faturamento e também o desenvolvimento tecnológico com a contratação de data scientists que nos ajudarão em soluções adaptadas à agricultura brasileira como já fazemos em outros países”, comenta Varela.
Oportunidades e foco
A solução da companhia tem como foco inicial as empresas de sementes, agro alimentícias e biológicos. Posteriormente, esse foco poderá ser ampliado a outros setores. Segundo reforçou Varela, as oportunidades são grandes no país devido ao o agronegócio ser um setor relativamente recente em digitalização e com um futuro promissor.
“A pouco tempo não se falava de inteligência artificial e nem em machine learning, portanto, muitas das estruturas das bases de dados não estão feitas para utilizar esses modelos. Desta forma, há um grande caminho e possibilidade pela frente para vendermos soluções para essa demanda”, finaliza o profissional.