Pesquisa e desenvolvimento impulsionam mercado de Agricultura de Precisão
Postado por Redação em 06/10/2025 em NotíciasSegundo estudos realizados pela consultoria Mordor Intelligence, a expectativa desse mercado é atingir US$23,8 milhões até 2029
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A agricultura de precisão está em expansão em todo o mundo. De acordo com estudos realizados pela consultoria Mordor Intelligence, a expectativa desse mercado é atingir US$23,8 milhões até 2029. Para que isso seja possível, o investimento em pesquisa e desenvolvimento é crucial para o desenvolvimento de novas tecnologias que tornam a agricultura mais eficiente e sustentável.
Na PTx, sinônimo de soluções agrícolas digitais e de alta precisão do Grupo AGCO, a pesquisa e desenvolvimento (P&D) são pilares estratégicos para entregar soluções para os produtores rurais. Estruturada por marca, cada área de P&D da PTx respeita a identidade e os objetivos de suas linhas — PTx Trimble e Precision Planting —, garantindo que a tecnologia gerada atenta às particularidades dos agricultores no campo.
Segundo Giancarlo Fasolin, gerente de marketing estratégico da PTx, o centro global da PTx Trimble, sediado nos Estados Unidos com unidades técnicas no Brasil, investe em soluções para agricultura de precisão, conectividade e automação. “A equipe desenvolve tecnologias focadas em orientação e controle, monitoramento de dados agronômicos e integração para tratores, pulverizadores e colheitadeiras. Já a Precision Planting, com sede em Tremont, Illinois, opera sua fazenda experimental (PTi) dedicada ao desenvolvimento de sistemas avançados de plantabilidade, como controle preciso de profundidade, pressão de linha, dosagem e monitoramento de sementes em tempo real. No Brasil, equipes regionais validam produtos em diferentes solos e culturas, fortalecendo a tropicalização das soluções”, explica Giancarlo Fasolin.
A sinergia entre os times do Brasil e dos Estados Unidos é essencial para o processo da companhia. Projetos são conduzidos em rede global, com colaboração constante entre engenheiros, agrônomos, especialistas em software e hardware. A América do Sul é reconhecida não só como mercado estratégico, mas também como fonte de inovação, pois os testes em campo, os dados locais e os feedbacks dos produtores sul-americanos é que alimentam e orientam o desenvolvimento global dos produtos.
Ciclo de vida robusto
O ciclo de vida de um produto PTx é robusto e estruturado em etapas claras: da identificação da necessidade — por meio de observação direta, feedback, análise de dados e tendências — à pesquisa e concepção, passando pela prototipagem, validação agronômica e técnica, homologação, industrialização e lançamento com suporte contínuo aos clientes. Esse processo garante produtos alinhados às demandas reais do campo, com alta qualidade e segurança.
De acordo com Fasolin, o tempo para desenvolver um produto varia conforme sua complexidade. “Projetos disruptivos, como sistemas autônomos ou novas plataformas de conectividade, podem levar de três a cinco anos para serem concluídos. Já melhorias incrementais ou adaptações podem ocorrer em ciclos entre 12 e 24 meses. A tropicalização é parte fundamental: tecnologias criadas nos EUA são adaptadas às máquinas, condições climáticas, culturas e infraestrutura digital brasileiras para garantir máxima eficiência e aceitação”, destaca.
A palavra do produtor
Ouvir o produtor é essencial para o desenvolvimento de produtos e soluções eficazes. “Essa é a essência da PTx. Agrônomos e equipes de produto visitam continuamente as fazendas, organizam grupos focais e promovem testes colaborativos com agricultores que atuam como co-desenvolvedores, oferecendo feedback crucial para aprimorar usabilidade, impacto agronômico e valor das tecnologias”, ressalta Fasolin. “Projetos típicos envolvem entre 20 e 100 profissionais, desde pesquisadores até operadores de campo”, completa.
A abrangência dos testes realizados pela PTx inclui avaliações laboratoriais — que analisam desempenho, durabilidade e segurança —, simulações digitais, testes de campo em diferentes regiões e culturas, compatibilidade com variadas máquinas agrícolas e validação com usuários reais para garantir ergonomia e benefício prático.
“O resultado desse modelo integrado e colaborativo é o desenvolvimento de produtos que realmente fazem a diferença na agricultura moderna, acelerando a produtividade e sustentabilidade da produção agrícola brasileira e global”, finaliza Fasolin.