Novas tecnologias permitem maior precisão na gestão de pastagens
Postado por Redação em 21/01/2025 em NotíciasManejo adequado de pastagem pode maximizar o desempenho e o crescimento saudável do rebanho na pecuária de corte
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A adoção de novas tecnologias, como monitoramento via satélite e drones, está permitindo que pecuaristas tenham maior precisão na gestão de pastagens e no ajuste da lotação de animais. Sistemas de monitoramento de pastagens, balanças automatizadas e técnicas de pulverização por drones também têm contribuído para um manejo mais eficiente e sustentável.
Entre as principais inovações destacam-se, ainda, os Sistemas Integrados de Produção Agropecuária (SIPAs) e a ILPF (Integração Lavoura Pecuária Floresta). Esses modelos integram a produção agrícola e pecuária, promovendo maior eficiência no sequestro de carbono e garantindo pastagens de alta qualidade, mesmo em períodos de seca. Além disso, os sistemas de pastejo intensivo também contribuem significativamente para o sequestro de carbono e oferecem excelente desempenho animal. Esse conceito é conhecido como Intensificação Sustentável da Agropecuária, que aplica as tecnologias do grupo ABC (Agropecuária de Baixa Emissão de Carbono).
No entanto, as inovações não substituem a necessidade de treinamento e capacitação. O aprimoramento contínuo do conhecimento do produtor e de suas equipes é essencial para a implementação eficaz dessas tecnologias emergentes, garantindo que os resultados esperados sejam alcançados.
No cenário da pecuária brasileira, o manejo adequado das pastagens é fundamental para garantir o crescimento saudável dos animais, independentemente de sua categoria de desenvolvimento. O tipo de pastagem, o controle de lotação e o uso de técnicas adequadas de manejo são determinantes para o sucesso econômico e a sustentabilidade das fazendas.
De acordo com a Embrapa, 95% da carne bovina brasileira é produzida em regime de pastagens, cuja área total é de cerca de 167 milhões de hectares, tornando o produto mais competitivo, com menor custo de produção e sem concorrer com a alimentação humana. Além disso, com uma produção pecuária com base em pastagens, há uma menor pegada de carbono nas fazendas, pois essas pastagens sequestram carbono, compensando as emissões de metano pelos bovinos ali produzidos.
“As pastagens são o principal alimento para bovinos nos sistemas de produção do Brasil, e o manejo adequado delas é crucial para a pecuária nacional. Um bom manejo garante maior eficiência no ganho de peso e na lotação das áreas, impactando positivamente os resultados financeiros das fazendas. É essencial que os pecuaristas manejem suas pastagens de maneira eficiente, respeitando os momentos de entrada e saída, promovendo o ganho de peso e preservando a integridade do pasto. O uso correto de herbicidas também evita a competição com plantas daninhas, permitindo que as forrageiras prevaleçam”, comenta Guilherme Foresti Caldeira, diretor de Categorias da Axia Agro, distribuidora e revendedora de insumos agropecuários no Brasil.
Dentre as principais atividades pecuárias no país estão as fazendas de cria para produção de bezerros desmamados, fazendas de recria, fazendas de engorda e fazendas de recria e engorda. Cada uma destas categorias de desenvolvimento animal apresenta necessidades alimentares distintas, influenciadas pelo tipo de pastejo e manejo das pastagens.
“Para garantir um adequado desenvolvimento animal, é fundamental respeitar as alturas de entrada e saída das pastagens, assegurando o fornecimento ideal de nutrientes aos animais e preservando a saúde das pastagens. O controle da lotação por área é essencial para todas as categorias, a fim de evitar tanto o superpastejo quanto o subpastejo, prevenindo o desperdício ou o empobrecimento dos pastos. Na maioria das vezes, uma boa suplementação mineral e/ou proteico-energética também se faz necessária para promover um desenvolvimento animal satisfatório”, explica o especialista.