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Entrevista com Guilherme Silvestre, Especialista em Dados e CCO da DDBC

Postado por Redação em 27/03/2024 em Entrevista

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Em entrevista ao Portal Agro Summit, Guilherme Silvestre traz insights sobre como a análise de dados está mudando o agronegócio e o papel de tecnologias na coleta e análise eficiente de dados

Entrevista com Guilherme Silvestre, Especialista em Dados e CCO da DDBC

Guilherme Silvestre foi um dos responsáveis pela elaboração do Plano ABC, do Ministério da Agricultura

Guilherme Silvestre, Especialista em Dados e CCO da DDBC, agência de Marketing de Campinas, destacou em entrevista ao Portal Agro Summit a importância dos dados na tomada de decisões, impulsionando a produtividade, otimizando recursos e promovendo a sustentabilidade ambiental, além de enfatizar o papel das tecnologias emergentes, como blockchain, Inteligência Artificial e Internet das Coisas, na coleta e análise eficiente de dados.

Você pode explicar como a análise de dados pode auxiliar tanto os pequenos quanto os grandes negócios no setor agrícola?

Na verdade, independentemente do tamanho da empresa, realizar a coleta e análise de dados no agronegócio permite que os agricultores tomem decisões mais ágeis e precisas. Esses insights oferecem benefícios diretos para o negócio, como aumento na produtividade, otimização de seus recursos e principalmente redução de impactos no meio ambiente.

Através da análise de dados é possível obter insights sobre o tempo (clima), qualidade do solo, culturas, prevenção de pragas e doenças, bem como informações sobre o próprio mercado.

Poderia compartilhar exemplos de como o uso de dados tem facilitado a identificação de melhorias nos processos do agronegócio?

O consumo de um volume considerável de dados pode fornecer para o produtor rural modelos preditivos de prevenção de pragas ou perdas na colheita, por exemplo. A tecnologia blockchain pode trazer informação sobre toda a cadeia produtiva, fornecendo dados desde a colheita até a entrega do produto no varejo, auxiliando o consumidor no momento da compra.

Como você enxerga o futuro da aplicação de análise de dados no agronegócio? Existem tendências ou inovações que estão ganhando destaque?

Entendo que o uso da tecnologia no agronegócio é um caminho sem volta. Hoje é possível coletar informações de forma rápida, onde antigamente apenas os produtores conseguiam buscar manualmente, atualmente pode ser feito via drone, e os dados compartilhados em tempo real, o que facilita as tomadas de decisões.

Reforço também o uso da tecnologia blockchain para mapear todo o processo produtivo, deixando o consumidor com todas as informações sobre um determinado produto na palma das mãos, do plantio à venda final.

Pensando em termos de automação de processos, temos a Internet das Coisas, que traz mais eficiência na produção agrícola, monitorando em tempo real as condições climáticas ou umidade do solo.

Quais são os principais desafios enfrentados ao transformar dados brutos em insights para os produtores rurais?

O principal desafio é a alfabetização digital e a análise constante de dados por parte dos produtores rurais. Isso deve ser o drive fundamental para impulsionar o uso de tecnologias no agronegócio.

Um grande volume de dados vai exigir maior familiaridade e abordagens inteligentes com as tecnologias, para evitar que no fim, esses insights não se tornem apenas um grande acúmulo de informações.

Na sua visão, como tecnologias, como a Inteligência Artificial e a Internet das Coisas, estão impactando a maneira como os dados são coletados, analisados e utilizados no setor?

Essas tecnologias, diferente do que muitos dizem, ainda não substituem os pensamentos humanos e nem o poder de tomar decisões. É notório que a IA e IOT vieram para agilizar etapas e automatizar muitas atividades, pois elas conseguem processar um alto volume de dados em um curto período. E essa é a principal vantagem para o agronegócio. 

Como as informações obtidas através da análise de dados podem contribuir para a sustentabilidade e a preservação ambiental na agricultura?

A tecnologia pode ser responsável por avanços significativos quando falamos de sustentabilidade nos processos produtivos agropecuários e mesmo conservação dos recursos naturais em todo o país. 

Através da implementação e difusão da tecnologia no campo, é possível mitigar a emissão de gases de efeito estufa (GEE), aperfeiçoar práticas de manejo sustentável dos recursos naturais, bem como a geração de novos cultivares, provendo melhorias na biotecnologia por exemplo.

Para os produtores rurais que estão apenas começando a explorar o uso dos dados em suas operações, quais seriam suas principais recomendações ou passos iniciais a serem considerados?

É fundamental entender a capacidade de cada empresa para coletar, analisar e utilizar os dados. Algumas empresas possuem estruturas mais complexas, como Data Lakes e usufruem melhor dos diferentes tipos de tecnologia que citei anteriormente. 

Com esse entendimento, muitas vezes uma simples análise de dados 1st Party da empresa são suficientes para trazer insights significativos, auxiliando na tomada de decisões importantes. Isso independente do tamanho da empresa, do cultivo ou da área a ser analisada, e sim da capacidade de usufruir da melhor maneira daquilo que o agronegócio tem em mãos.

 

Postado por Redação em 27/03/2024 em Entrevista

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