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Cultura do alho ganha zoneamento de risco climático

Postado por Redação em 26/11/2025 em Notícias

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O zoneamento funciona como um instrumento de gestão de risco climático e, no caso do alho, abrange as regiões tropicais e subtropicais do País

Cultura do alho ganha zoneamento de risco climático

Reprodução

O alho é a mais nova hortaliça contemplada pelo Programa Nacional de Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc). Essa ferramenta estabelece as regiões de produção e épocas de plantio mais favoráveis para o cultivo no território brasileiro, com base nas probabilidades ou risco de perda de produção causada por eventos meteorológicos adversos. 

O zoneamento funciona como um instrumento de gestão de risco climático e, no caso do alho, abrange as regiões tropicais e subtropicais do País, com o propósito de orientar produtores, agentes financeiros e seguradoras. A implantação da lavoura fora dos períodos indicados está sujeita a elevada probabilidade de perdas. 

As portarias foram publicadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), no Diário Oficial da União (DOU) no dia 25 de novembro de 2025. Os estudos foram elaborados por pesquisadores da Embrapa Hortaliças (DF), em conjunto com associações de produtores e instituições de ensino e de pesquisa agropecuária. Confira abaixo os links para as portarias do Zarc do alho nobre (região subtropical de cultivo e região tropical de cultivo). 

O objetivo do zoneamento para a cultura do alho foi identificar as áreas de menor risco climático e definir os melhores períodos de plantio no Brasil, visando reduzir perdas de produção e obter melhores rendimentos. O pesquisador Marcos Braga, responsável técnico pelos estudos, assinala que o Zarc avalia exclusivamente riscos agroclimáticos, portanto, parte-se do pressuposto de que todas as outras necessidades da cultura serão atendidas com um adequado manejo agronômico. 

Alho em climas tropicais e subtropicais 

Os estudos consideraram as cultivares de alho nobre, que representam a maior parte da produção nacional que chega aos mercados, pois alcançam maior valor comercial e atendem melhor às exigências do consumidor em termos de qualidade de bulbo. Na opinião do pesquisador Francisco Vilela, membro da equipe Zarc Alho, a subdivisão do zoneamento em duas regiões, em função do clima tropical ou subtropical, é o aspecto mais relevante porque, apesar das variedades serem as mesmas, as épocas de plantio e os sistemas de produção apresentam diferenças. 

No Zarc, as cultivares de alho foram classificadas em dois grupos para cultivo em região com clima tropical e em três grupos em regiões subtropicais, conforme a época de plantio e a duração média do ciclo da cultura e das fases de interesse para avaliação de riscos. "No cultivo do alho é fundamental utilizar somente cultivares testadas e recomendadas para cada local e época, se baseando sempre na orientação técnica da assistência técnica e extensão rural e de empresas habilitadas na área", recomenda Braga. 

Consulta ao Zarc 

O zoneamento agrícola de risco climático contempla: coleta de dados fitotécnicos da cultura em diversos sistemas de cultivo, dados climáticos e de solos, modelagem, processamento e validação dos dados, sendo necessária uma equipe multidisciplinar para embasar o resultado. 

As datas de plantio estipuladas para o cultivo de alho nobre no Zarc devem ser seguidas pelos produtores que desejam acessar o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e o Programa de Subvenção ao Seguro Rural (PSR). “A função do zoneamento não é colocar entraves aos produtores, mas sim oferecer a eles a garantia de recebimento do valor segurado”, analisa Braga. 

Os resultados do Zarc do alho foram disponibilizados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Painel de Indicadores, nas portarias por estado e no aplicativo Zarc Plantio Certo (Android e IOS). 

Parcerias 

O desenvolvimento do Zarc do alho contou com uma equipe multidisciplinar formada por especialistas da Embrapa Hortaliças, Embrapa Agricultura Digital (SP), Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri). Também participaram técnicos e representantes da Associação Nacional dos Produtores de Alho (Anapa), da Associação Gaúcha de Produtores de Alho (Agapa), da Associação Mineira dos Produtores de Alho (Amipa) e da Wehrmann Agrícola. 

 

Postado por Redação em 26/11/2025 em Notícias