Uso de drones para aplicação de defensivos requer capacitação para garantir segurança
Postado por Redação em 21/01/2025 em NotíciasCorteva Agriscience capacita produtores e outros profissionais do segmento com módulos específicos de aplicações aéreas
Reprodução: Corteva Agriscience
A agricultura brasileira tem adotado diversos métodos na utilização de insumos agrícolas, como defensivos e fertilizantes. Uma das maneiras mais adotadas atualmente é a pulverização aérea via aviões agrícolas ou drones. Segundo o levantamento da Frota Brasileira de Aeronaves Agrícolas, são mais de 2,4 mil aeronaves tripuladas, e de acordo com o Sistema de Aeronaves Não-Tripuladas (Sisant), órgão vinculado à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), existem hoje mais de 5 mil drones em operação. Desta forma, o produtor precisa estar atento às boas práticas agrícolas para o uso deste tipo de ferramenta.
A Corteva Agriscience faz um trabalho de capacitação dos aplicadores para fomentar a aplicações aéreas mais corretas e responsáveis, com módulos teóricos e práticos ministrados junto a parceiros, como a AgroEfetiva.
Os módulos, com duração de oito horas, dividem-se em aulas teóricas e práticas, em que são ensinados conceitos de legislação, uso correto e seguro das tecnologias, orientações sobre as condições ambientais para a aplicação de defensivos (temperatura, umidade e velocidade do vento), e a escolha adequada dos equipamentos de acordo com a categoria do produto a ser aplicado. Em 2024, foram mais de 35 treinamentos, que impactaram cerca de 1100 pessoas, nas principais regiões agrícolas do Brasil.
“A Corteva está sempre ao lado do produtor para que ele possa utilizar o insumo de maneira adequada, atingindo os alvos, sem comprometer o meio ambiente e nem as lavouras vizinhas, além de preservar a própria segurança do aplicador. Os treinamentos ministrados junto aos parceiros ajudam os aplicadores a aplicarem da maneira adequada, respeitarem a legislação vigente e cumprir os preceitos para o uso de equipamentos aéreos na agricultura”, destaca Jair Francisco Maggioni, coordenador de Boas Práticas Agrícolas da Corteva Agriscience.
No caso da aplicação via veículos não-tripulados, os drones, trata-se de uma modalidade de pulverização mais recente, com uma nova legislação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (298 de 2021), onde é necessária atenção tanto na parte de registros, como na parte de pulverização.
A operação requer registro dos equipamentos, treinamento prévio, registros da operação, entre outras regras. Uma atenção especial deve ser dada ao volume de calda pois, na maioria dos drones, não há sistema de agitação da calda, o que, somado a maior concentração de produtos, pode comprometer a estabilidade das misturas. Também é fundamental que o produtor siga estritamente as bulas dos produtos, se estão autorizados a serem aplicados via drone e quais são os volumes de calda, classe de gotas, alturas de voos e limites meteorológicos recomendados.
Outra especificidade que a normativa 298 traz no uso de drones é a restrição/permissão de uso em áreas situadas a uma distância mínima de 20 metros de povoações, cidades, vilas, bairros, moradias isoladas, agrupamentos de animais, de mananciais de captação de água para abastecimento de população, inclusive reservas legais e áreas de preservação permanente. Importante consultar as bulas dos produtos, bem como legislações estaduais ou municipais para entender se não há regras locais mais restritivas.
Entre as boas práticas agrícolas no uso de drones estão: analisar o entorno das áreas aplicadas, identificando os possíveis alvos de deriva para minimizar o risco; cuidado na preparação da calda, aferição da calibração do drone e, após o seu uso, realizar uma limpeza do equipamento e descarte adequado das embalagens e resíduos.