Tecnologias como a AI, o IoT, além das análises de dados em tempo real já estão sendo aplicadas em setores como o agronegócio

Geovani Altacho, lider de ESG da BlueShift

Com a proximidade da COP30, a urgência de enfrentar as mudanças climáticas se torna cada vez mais evidente. Eventos extremos, como ondas de calor, enchentes e secas prolongadas, já impactam comunidades, economias e cadeias produtivas ao redor do mundo. Nesse contexto, empresas e governos se apoiam em ferramentas tecnológicas para agir com precisão, antecipar riscos e otimizar recursos.

Tecnologias como a AI, o IoT, além das análises de dados em tempo real já estão sendo aplicadas em setores críticos. No agronegócio, sensores inteligentes conectados à Internet das Coisas (IoT) monitoram o solo, irrigação e crescimento das plantações em tempo real. Isso permite reduzir o consumo de água, otimizar fertilizantes e minimizar emissões de gases de efeito estufa. Sistemas de análise preditiva também ajudam a antecipar períodos de seca ou excesso de chuva, evitando perdas e garantindo maior eficiência operacional, ao mesmo tempo que fortalecem práticas sustentáveis.

Na energia, softwares de gestão inteligente permitem ajustar automaticamente a geração e distribuição de fontes renováveis, como solar e eólica, aumentando a eficiência e diminuindo o desperdício. Em cidades inteligentes, soluções baseadas em inteligência artificial otimizam o consumo de eletricidade e o trânsito urbano, reduzindo congestionamentos e emissões de CO?. Já no transporte e logística, algoritmos de roteirização eficiente e veículos conectados ajudam a diminuir a pegada de carbono de frotas, promovendo mobilidade mais sustentável.

Segundo Geovani Altacho, lider de ESG da BlueShift, a aplicação dessas tecnologias permite transformar dados complexos em decisões estratégicas que aliam eficiência operacional e sustentabilidade. “A inovação digital possibilita transformar desafios climáticos em oportunidades de negócio, ajudando empresas a reduzir seus impactos ambientais sem comprometer resultados”, afirma.

Entre as soluções desenvolvidas pela empresa, destacam-se sistemas de monitoramento em tempo real e modelos preditivos de riscos climáticos, capazes de gerar insights que orientam políticas internas e direcionam estratégias sustentáveis de longo prazo. Além de apoiar o setor privado, a tecnologia digital também contribui para transparência e rastreabilidade em políticas públicas. Com dados confiáveis e processos monitorados, governos podem implementar medidas mais precisas de mitigação e adaptação climática, ao mesmo tempo em que fortalecem compromissos internacionais. A aplicação de inteligência artificial e analytics ajuda a identificar áreas de risco, priorizar investimentos e acompanhar resultados em tempo real, tornando as ações mais eficientes e mensuráveis.

À medida que líderes globais se reúnem na COP30 para discutir soluções e compromissos em prol do clima, a inovação tecnológica é um pilar promissor no enfrentamento dos desafios ambientais. A integração entre dados, inteligência artificial e sustentabilidade permite construir modelos de crescimento econômico que respeitam os limites do planeta. Ao impulsionar decisões mais assertivas, reduzir desperdícios e promover eficiência em larga escala, a tecnologia digital não apenas apoia o cumprimento das metas climáticas, mas também redefine a forma como empresas e governos enxergam o desenvolvimento sustentável.