Encontre aqui seu Software

Busca simples


Busca Avançada

Especialista explica como evitar fraudes digitais na busca por financiamento agrícola

Postado por Redação em 02/12/2024 em Notícias

Compartilhar:

Intermediários falsos, fraudes por WhatsApp e boletos falsificados colocam em risco a segurança financeira do setor

Especialista explica como evitar fraudes digitais na busca por financiamento agrícola

Sâmela Moraes, gerente de middle office e responsável jurídica da Nagro Crédito Agro

No agronegócio, devido à crescente demanda por crédito, produtores rurais de pequeno e médio porte estão sujeitos a uma variedade de fraudes e golpes. Sâmela Moraes, gerente de middle office e responsável jurídica da Nagro Crédito Agro, explica que os produtores devem desconfiar de propostas que apresentem benefícios irreais.

“O acesso ao crédito rural tem se tornado um atrativo para golpistas, que enxergam nesse mercado uma oportunidade de explorar a necessidade e a urgência dos produtores em financiar suas atividades. Ofertas tentadoras, como promessas de taxas de juros significativamente abaixo do mercado, são indícios comuns de esquemas fraudulentos. Esses golpes aproveitam a vulnerabilidade de produtores que, em busca de soluções rápidas para o custeio de safras ou investimentos, podem não se atentar aos riscos envolvidos", diz a advogada.

Apesar de parte desses golpes ocorrerem no ambiente digital, a tecnologia pode ser uma aliada, já que empresas idôneas investem consideravelmente em segurança para esse tipo de transação. Além disso, a tecnologia também reduz a burocracia dos processos de financiamento. Segundo levantamento do Congresso Nacional de Crédito no Agronegócio (Conacred), 38% dos profissionais que atuam na concessão de financiamento para o setor demonstram otimismo em relação ao futuro do crédito agro.

Um dos golpes mais comuns inclui falsos intermediários e plataformas digitais fraudulentas que se fazem passar por sites de instituições financeiras legítimas. Os criminosos criam páginas quase idênticas às de empresas conhecidas, coletando informações pessoais e bancárias dos produtores.

“A primeira medida a ser tomada é verificar minuciosamente a reputação da instituição financeira, certificando-se de que ela esteja devidamente registrada nos órgãos reguladores competentes e amplamente reconhecida no mercado. Além disso, é essencial que o produtor mantenha cautela diante de ofertas que destoem significativamente das práticas comuns do setor, como taxas de juros excepcionalmente baixas, pois geralmente é um sinal de possível fraude", alerta Sâmela.

Outro golpe comum no setor é o contato por WhatsApp e SMS, em que golpistas enviam mensagens fingindo ser representantes de instituições financeiras. Nesse contexto, o WhatsApp se destaca como o principal canal digital para a prática de golpes no Brasil, um dos países que mais sofre com golpes digitais. Levantamento do Instituto DataSenado aponta que 24% dos brasileiros com mais de 16 anos sofreram com golpes digitais de junho de 2023 a junho de 2024. Durante o período, mais de 40,85 milhões de pessoas perderam dinheiro em função de algum crime cibernético.

Segundo uma pesquisa da NordVPN, empresa global de cibersegurança, cerca de 80% dos brasileiros relataram já ter sido alvo de tentativas de fraude pelo aplicativo WhatsApp. Os golpistas costumam oferecer condições ‘exclusivas e urgentes’, induzindo o produtor a agir rapidamente. Ao fazer isso, o produtor pode acabar enviando informações pessoais e bancárias diretamente aos criminosos.

“Golpistas frequentemente exploram a urgência e a falta de familiaridade com tecnologias para aplicar fraudes. Um exemplo comum é o envio de mensagens falsas, se passando por empresas ou instituições confiáveis, solicitando dados bancários ou pagamentos de supostas dívidas. A melhor defesa é sempre verificar a autenticidade da comunicação antes de realizar qualquer ação. O ideal é não compartilhar dados pessoais ou bancários fora de canais oficiais e seguros, e desconfiar de mensagens que prometem vantagens ou pressionam por respostas rápidas”, explica a responsável jurídica.

Nessa prática, os criminosos convencem o produtor de que é necessário realizar um depósito inicial para ‘liberar’ o financiamento solicitado. Por meio de solicitações falsas de taxas de cadastro, seguro, emissão de documentos ou cartão do produtor, os criminosos aplicam os golpes pedindo pagamentos via Pix.

Em instituições financeiras sérias, tais exigências não fazem parte do processo de concessão de crédito. Esse tipo de golpe visa explorar a urgência e a falta de familiaridade de muitos agricultores com o processo de financiamento, resultando em prejuízos significativos para aqueles que acabam depositando o valor solicitado sem nunca receber o crédito prometido. “Nenhuma instituição financeira séria e confiável solicita o pagamento de qualquer valor antecipado como condição para liberar um financiamento. Caso você se depare com essa exigência, considere um forte indício de golpe ou fraude”, afirma Sâmela.

Além disso, golpistas enviam também boletos fraudulentos como se fossem da instituição de crédito com a qual o produtor está negociando. Ao pagar o boleto, o produtor acredita estar quitando uma parcela do financiamento ou de outra obrigação, mas, na realidade, o valor vai para os golpistas, deixando a dívida em aberto e causando sérios prejuízos financeiros. "Sempre que receber um boleto, o produtor deve verificar se ele realmente pertence à instituição com a qual está negociando. A maneira mais segura é acessar a plataforma oficial do banco ou credora e consultar o documento diretamente. Nunca se deve pagar boletos recebidos por canais não oficiais sem antes confirmar sua veracidade", orienta a advogada.

 

Postado por Redação em 02/12/2024 em Notícias

Para tornar sua experiência mais agradável usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o Portal ERP. Acesse nosso 'Termos de Uso e Política de Privacidade' para saber mais. Ao clicar em 'Aceitar', você consente com a otimização do site pelo uso de cookies.