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Empresas usam dados e IA para reduzir custos logísticos

Postado por Redação em 20/10/2025 em Notícias

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Tecnologia tem ajudado exportadores e importadores do setor a reduzir custos, prever riscos e otimizar processos

Helmuth Hofstatter, CEO da Logcomex

Mesmo em um cenário desafiador para o comércio exterior em 2025 — marcado por volatilidade nos fretes internacionais, gargalos logísticos e aumento dos custos —, empresas do agronegócio têm encontrado na tecnologia uma aliada estratégica para manter a competitividade. Casos recentes mostram como a combinação entre dados, automação e inteligência artificial tem ajudado exportadores e importadores do setor a reduzir custos, prever riscos e otimizar processos.

Um exemplo emblemático vem do setor de hortifrúti. Enquanto o mercado de frutas importadas enfrentava dificuldades em 2025 — com um aumento médio de 1,6% nos preços e redução de 4% no volume importado —, a Berrygood adotou uma plataforma de inteligência de mercado da Logcomex, que analisou preços em tempo real, renegociou contratos e alcançou economia superior a R$ 580 mil em 12 meses. Na prática, usou dados para neutralizar a pressão inflacionária e aumentar sua competitividade, comprando melhor enquanto o mercado comprava menos e mais caro.

“A inovação não acontece em laboratórios isolados, mas no dia a dia das operações — quando uma equipe decide usar dados para resolver gargalos reais. É uma forma de dar visibilidade a quem está liderando a transformação do setor. A maturidade digital começa quando dados e inteligência passam a guiar decisões”, afirma Helmuth Hofstatter, CEO da Logcomex.

Para exportadores de commodities, como a Vibra, a falta de visibilidade sobre o trajeto de um contêiner se tornou um risco estratégico. A empresa respondeu implementando um sistema de monitoramento preditivo baseado em inteligência artificial, que passou a prever a data de chegada das cargas com 98% de assertividade.

Isso permitiu à companhia se antecipar a desvios de rota — como os registrados durante a crise do Mar Vermelho — antes mesmo dos comunicados oficiais dos armadores. A gestão, antes reativa, tornou-se preditiva, transformando incerteza logística em um diferencial competitivo e em confiança junto aos clientes.

Já na logística, o desafio foi a eficiência. Com os portos brasileiros operando no limite e registrando recordes sucessivos de movimentação — o primeiro semestre fechou com 653 milhões de toneladas, segundo a ANTAQ —, o tempo de liberação de cargas tornou-se um gargalo crítico.

A Multilog, que opera 13 recintos alfandegados, automatizou o processo de averbação de Declarações de Importação com tecnologia de integração da Logcomex. O resultado foi uma redução drástica no tempo médio de liberação, de duas horas para apenas 30 minutos, e uma economia projetada de R$ 53 milhões em sete anos. A automação também contribuiu para aliviar a pressão sobre a infraestrutura portuária, liberando cargas mais rapidamente e aumentando o giro de contêineres em um sistema sobrecarregado.

Postado por Redação em 20/10/2025 em Notícias