Aplicativo monitoria doenças respiratórias em suínos
Postado por Redação em 13/06/2024 em NotíciasEm 2023, foram mais de 1 milhão de pulmões avaliados globalmente; no Brasil, cerca de 85 mil diagnósticos foram realizados
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O Brasil é o quarto maior produtor e exportador global de carne suína. Diante dessa relevância, a manutenção do status sanitário das granjas torna-se indispensável para atender às normas de biosseguridade e assegurar a sustentabilidade do negócio. Nesse contexto, a Ceva Saúde Animal desenvolveu um aplicativo que tem se mostrado eficaz no monitoramento de doenças respiratórias em suínos.
Chamado de Ceva Lung Program, o programa faz análise de lesões pulmonares em abatedouros, área onde a empresa é referência mundial na dimensão da estrutura de dados.
O aplicativo é capaz de identificar lesões sugestivas de Pneumonia Enzoótica e Pleuropneumonia Suína, além de uma série de outras lesões, como cicatrizes, abscessos e pericardites.
“Essa ferramenta permite avaliar a presença, a incidência, os padrões de circulação e o impacto destas doenças respiratórias no plantel, com o objetivo de auxiliar a estabelecer corretamente o diagnóstico e auxiliar na tomada de decisão, no sentido de monitorar e definir os mais adequados protocolos sanitários de acordo com a realidade de cada granja avaliada”, explica Marcio Dahmer, médico-veterinário gerente de marketing da linha de suínos da Ceva Saúde Animal.
Equipes internas e externas treinadas pela CEVA realizam as avaliações das lesões. Com esse treinamento e a utilização do sistema automatizado do aplicativo, é possível realizar avaliações qualitativas e quantitativas das lesões pulmonares.
Segundo o médico-veterinário, em 2023, foram avaliados mais de 1 milhão de pulmões globalmente, e no Brasil, cerca de 85 mil diagnósticos foram realizados.
Ele destaca que a metodologia avançada de pontuação do programa foi projetada para diagnosticar com precisão doenças respiratórias através da análise dos pulmões no abate. E, além de identificar infecções subclínicas não detectadas durante o período produtivo dos animais, o programa também quantifica as lesões.
"Suas principais vantagens são a geração automática de diversos relatórios onde comparativos são feitos, entre lotes, origens, protocolos vacinais ou períodos. Estes comparativos podem ser relacionados a situações anteriores da granja em questão ou em relação à média nacional", explica.
Dahmer comenta também sobre os riscos de contaminação em ambientes de granja. “A intensificação dos processos, com elevado número de animais e alta movimentação humana, aumenta os riscos de contaminação do plantel por agentes infecciosos. Desta forma, é fundamental para o sucesso produtivo investir na prevenção e na implementação de rigorosos processos de sanidade”, conta.
O manejo sanitário adequado inclui ações, como o controle do tráfego de pessoas e veículos nas instalações e a segregação de lotes de animais. Já a gestão ambiental, inclui controle de temperatura e umidade, fatores essenciais para reduzir doenças respiratórias e dermatológicas.
Além disso, é preciso atenção à nutrição por meio de dietas balanceadas e formuladas de acordo com as necessidades de cada estágio de crescimento dos suínos.
Em conjunto, essas medidas diminuem a pressão de infecção na granja, minimizam o estresse ambiental e maximizam o desempenho dos suínos. Adicionalmente, essas ações também propagam mais bem-estar na granja.