André Fernando F., especialista em Agro da SAP,  Wagner Biasi, gerente de TI e CSC na Amaggi,  Paulo Secco, CEO da Mignow, Diego Matos, Head de marketing, Paulo Roberto Anzolin, Gerente de TI na Copacol e Mauricio Schneider, CEO da StartSe Agro

O Agro Day, evento realizado pela Mignow - especializada em automação de processos de migração- , reuniu empresas de destaque do agronegócio, como Coopercitrus, bp bioenergy, Amaggi e Copacol, para discutir as inovações e os desafios tecnológicos que impactam o setor. Realizado no Business Campus da SAP na última quarta-feira (16), o encontro destacou a importância da transformação digital e o papel estratégico dos ERPs no processo de evolução das empresas no setor.

Paulo Secco, CEO da Mignow, destacou os principais objetivos do evento, que visaram demonstrar como a tecnologia tem impulsionado novos negócios e como a inteligência artificial tem transformado as operações nas empresas, resultando em ganhos significativos de produtividade.

“O evento foi super especial, um dia específico para o agro. Acredito que seja o único setor que teve um dia inteiro para discussões aqui no Business Campus da SAP. Contamos com grandes empresas que movimentam o nosso mercado e o mais importante foi conseguir apresentar grandes inovações, tanto da Mignow como da SAP", conta o CEO ao Agro Summit.

Coopercitrus e bp bioenergy

Em um dos painéis, Nailson Rego, CIO da Coopercitrus, e Paulo Macedo, Diretor de TI da bp bioenergy, compartilharam suas experiências sobre a adaptação tecnológica nas respectivas companhias, destacando os desafios e as vantagens da parceria com a Mignow e a SAP. A discussão foi mediada por André Fernando Ferreira, especialista em Agro e Alimentos da SAP, e Mauricio Schneider,CEO da StartSe Agro, que enfatizaram a importância de tecnologias para o setor agro. 

Durante o painel, o Diretor de Ti da bp bioenergy destacou um pouco da história da companhia com as soluções da SAP. “Percebemos que  as tecnologias digitais poderiam alavancar nosso negócio, então era necessário contar com uma base sólida de soluções. Entendemos que o SAP era um produto interessante e relevante, que atenderia às nossas necessidades. E que o S/4HANA, em especial, nos traria capacidades para alcançar essas alavancas estratégicas”, conta.

Segundo o executivo, a adoção de soluções digitais tem gerado ganhos expressivos de performance. Ele destaca que, atualmente, a empresa está testando uma ferramenta da SAP que impulsionou significativamente a área de dados. Segundo ele, antes, o tempo necessário para obter determinados recursos era de cerca de um mês; agora, mesmo com demandas mais complexas, os resultados são alcançados em aproximadamente uma semana.

Já o CIO da Coopercitrus destacou que em 2022, a cooperativa iniciou uma reestruturação interna para estabelecer uma governança cooperativa, alinhada com a estratégia da organização e com foco no crescimento conjunto, o que criou uma base sólida para a adoção das novas tecnologias. "Nosso primeiro passo foi com as pessoas. Se a gente não preparar elas, não adianta", explica o CIO. 

Atualmente, a cooperativa está em processo de migração para o RISE with SAP. “O modelo muda. Então precisamos entender, como executivos, como fazer essa transição.” Para ele, a tecnologia não pode ser conduzida de forma isolada: é preciso garantir um alinhamento contínuo com a estratégia da organização.

Durante o painel, os executivos destacaram a agilidade no processo de migração, um aspecto essencial para as empresas ao escolherem a Mignow como parceira. “O tempo de migração é, de fato, um grande diferencial do MIGNOW. Nós conseguimos acelerar esse processo, usamos um processo de machine learning com toda uma base de conhecimento, métodos e modelos específicos para conversões ou atualizações. Muitos clientes aqui já estavam no S/4HANA e apenas os levamos para a última versão, mas outros ainda estavam na versão antiga do SAP ECC 6, que convertemos para o S4", explica Paulo Secco.

Nailson Rego, CIO da Coopercitrus, Paulo Macedo, Diretor de TI da bp bioenergy, André Fernando F., especialista em Agro da SAP e Mauricio Schneider, CEO da StartSe Agro

Amaggi e Copacol

Durante o painel que contou com a participação dos representantes da Amaggi e da Copacol, Wagner Biasi, gerente de TI e CSC na Amaggi, falou sobre a migração da companhia para o S/4HANA, que começou em abril de 2023. “O primeiro motivador foi a necessidade de crescimento da empresa. Precisávamos de uma plataforma moderna que suportasse o crescimento. Também a questão da reforma tributária está no nosso radar, já que as empresas do agronegócio serão muito impactadas", destacou.

Outro ponto apontado pelo CIO é foi a cibersegurança. “O SAP S/4HANA no modelo RISE, na nuvem, eleva exponencialmente o nível de segurança. O ambiente é muito mais seguro, mesmo. Isso é bastante relevante e pouco comentado”, afirmou. A empresa também chamou atenção para a estabilidade do novo sistema em comparação com versões anteriores. “Para quem quer escalar, a segurança do SAP na nuvem e a estabilidade do produto são diferenciais.” 

Paulo Roberto Anzolin, Gerente de TI na Copacol, abordou durante o painel o momento da cooperativa, que está no segundo ciclo de seu planejamento estratégico:“Estamos no segundo ciclo do nosso planejamento estratégico, com destaque para a tecnologia da informação. No primeiro ciclo, há 5 anos, nossa meta era acelerar a digitalização da cooperativa. Agora, neste novo ciclo, o objetivo é impulsionar os negócios.” 

O executivo ainda explicou a trajetória da Copacol na adoção do SAP e as atualizações que a empresa vem realizando, como a decisão pela migração para o RISE with SAP. Segundo o executivo, a atualização é parte da estratégia de evolução da cooperativa, que investe em infraestrutura e segurança.

"Ficamos um período na Copacol sem nos dedicar às atualizações. Além disso, tínhamos um ambiente altamente customizado, com mais de 37 mil customizações. Ficamos cerca de 6 a 7 anos praticamente aplicando apenas operações de segurança. Em 2020, conduzimos um projeto de atualização do ECC 6.0 para o SAP S/4HANA. Migramos para a base S4 de 2020 para 2021, mantendo o ambiente on-premise", contextualiza.

Fiori conta que nesse processo, obtiveram uma performance muito aprimorada, com ganhos de até mil por cento: "Houve um grande avanço de 2020 para 2021, com investimentos em equipamentos. A decisão de adotar o RISE with SAP faz parte dessa estratégia de evolução".