QIMA e iRancho lançam certificação para rastreabilidade para cadeia de fornecimento
Postado por Redação em 06/06/2025 em MercadoCertificação contará com 700 inspeções de segurança alimentar, mais de cinco mi de animais de 35 mil fazendas monitoradas
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A QIMA — companhia global em inspeção e certificação que atende mais de 30 mil clientes em 100 países, acaba de lançar, em conjunto com a iRancho e a Safe Trace, o SafeTrack, uma nova certificação que nasce com o objetivo de fortalecer o comércio global com soluções completas e confiáveis de segurança do alimento, qualidade e práticas sustentáveis, com ênfase em identificação e rastreabilidade em toda a cadeia de fornecimento.
Ao todo, a solução contará com 700 inspeções de segurança alimentar, cerca de cinco milhões de animais de 35 mil fazendas monitoradas por ano, dois mil produtos cadastrados de dez mil lojas participantes. A certificação dará conta da rastreabilidade dos animais desde o nascimento, passagem por múltiplas propriedades, registro das análises socioambientais e certificação mundial.
Serão utilizadas as formas de identificação animal preconizadas pelo Plano Nacional de Identificação de Bovinos e Búfalos, garantindo assim a aderência da tecnologia aos preceitos governamentais. As propriedades participantes deverão se cadastrar junto ao Ministério da Agricultura para fazer parte do cadastro ERAS (Estabelecimentos Rurais Aprovados no SISBOV) e da BND (Base Nacional de Dados).
À iRancho, caberá a coleta de dados da evolução da vida do animal, desde o seu nascimento, e o registro dessas informações no SafeBeef, sistema de rastreabilidade bovina que utiliza tecnologia blockchain para garantir a imutabilidade e a inviolabilidade das informações ali registradas.
Conforme explica o CEO da agtech, Thiago Parente, é isso o que garante a integridade, confiabilidade e precisão dos dados. “Todas as fazendas na cadeia de suprimentos certificadas com o SafeTrack serão monitoradas, gerando um ativo precioso para produtores, indústrias, varejo e consumidor final”, diz.
Além do SafeBeef, a certificação utilizará dados de rastreabilidade e análises socioambientais públicos e privados agregados pela Safe Trace, marca brasileira líder em rastreabilidade de alimentos multi-cadeias e multi-protocolos, que atua em carnes bovinas, suínas, aves, peixes, soja, café, FFLV (Frutas, Flores, Legumes e Verduras) e várias outras cadeias produtivas.
Conforme explica Vasco Picchi, CEO da Safe Trace, a empresa ficará responsável pela qualificação de fornecedores, rastreabilidade e prospecção de dados do produtor à indústria e varejo. "O SafeTrack consolida a estratégia de presença global da Safe Trace e amplia o portfólio de protocolos para originação responsável e qualificação de cadeias produtivas que utilizam a plataforma Safe Trace Conecta", diz.
Já a QIMA Recaldes Rastreabilidade, certificadora credenciada SISBOV (Sistema Brasileiro de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos), IDBOV (Identificação Individual de Bovinos) e ABPO (Associação Pantaneira de Pecuária Orgânica e Sustentável), compartilhará com o projeto sua expertise de mais de 15 anos de trajetória para a segurança da rastreabilidade nos processos implantados baseados na gestão da certificação.
“O SafeTrack enviará avisos e atualizações automáticas por e-mail, dando visibilidade a toda a cadeia de suprimentos. O usuário terá acesso aos dados de cada estágio de fornecimento de forma integral, além de contar com a possibilidade de personalizar o painel de indicadores de modo a ampliar a capacidade de gerenciamento”, comenta Lucas Recaldes, CEO da QIMA Recaldes.
Além disso, também terá caixas de diálogo conectando o certificador, provedor de serviços e cliente, facilitando a execução de tarefas e a troca de informações.
Rastreabilidade bovina do pasto ao prato
O CEO da iRancho, Thiago Parente, falou também sobre as funcionalidades do SafeBeef. “Com a nossa tecnologia, baseada em blockchain, conseguimos levar até o consumidor final informações sobre o histórico de produção individual de cada animal: dados relacionados às pesagens, medicações e reproduções são coletados de forma georeferenciada. É um sistema de rastreabilidade que, além de garantir transparência, melhora a gestão da fazenda e abre a porteira para novos mercados”, explica.
Outro diferencial do sistema é a obrigatoriedade da leitura eletrônica de identificação para todos os pecuaristas. “No momento da leitura, nosso sistema coleta automaticamente a localização geográfica do gado e compartilha as informações assinadas digitalmente com certificado ICP. Esse fator assegura a unicidade do animal por meio da utilização de identificadores oficiais”, conclui Thiago Parente.