Aliança une inovação digital e mercado climático para promover práticas ESG eficazes

Fabrício Lira Figueiredo, Head do Hub TECHOÁ e Odair Rodrigues, CEO da B4

A B4, Bolsa brasileira de Ação Climática, e o Hub TECHOÁ de Inovação Digital e Sustentável, que tem o CPQD como membro fundador, anunciam uma parceria estratégica para impulsionar soluções tecnológicas alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Para Odair Rodrigues, CEO da B4, a parceria representa uma convergência de propósitos que vai fortalecer a atuação das empresas no mercado de carbono, abrindo caminho para ferramentas que garantam transparência e eficiência. “O contato da sociedade civil com informações fundamentais às decisões de consumo pode empoderar pessoas e favorecer corporações que se responsabilizam por suas atividades de maneira íntegra.”

O anúncio ganha ainda mais relevância ao se realizar em um momento sensível para os debates sobre sustentabilidade com a realização da COP30 no Brasil. A conferência representa um dos eventos mais significativos da agenda global sobre mudanças climáticas, reunindo líderes, especialistas, empresas e população para discutir e implementar ações concretas frente à emergência climática.

“Nosso hub tem a missão de unir indivíduos e tecnologias para criar respostas concretas aos desafios da sustentabilidade. Essa parceria com a B4 nos permite acelerar soluções que impactam tanto os negócios quanto a sociedade, promovendo transformações mensuráveis”, destaca Fabrício Lira Figueiredo, Head do Hub TECHOÁ.

O desafio inicial do trabalho conjunto será aprimorar a ferramenta “Agente do Clima”, visando sua integração com o sistema fiscal do País a fim de aprimorar relatórios sobre a pegada de carbono de produtos e serviços, tornando as informações acessíveis e claras para todos. A função do Agente do Clima é realizar o diagnóstico da pegada de carbono de uma empresa e entregar o resultado em menos de 24 horas, auxiliando na identificação e quantificação das emissões de gases de efeito estufa. Hoje, a ferramenta se baseia no Programa Brasileiro GHG Protocol – desenvolvido pela Fundação Getúlio Vargas e WRI em parceria com o Ministério do Meio Ambiente – que procura estimular a cultura corporativa a se comprometer com o inventário de emissões, além de proporcionar instrumentos e padrões de qualidade internacional para contabilização das emissões e publicação de relatórios.

Seja por questões de regulação, controle de qualidade e mesmo de credibilidade, empresas estão pressionadas a compensar suas emissões poluentes. O CEO da B4 aponta ainda que multinacionais devem encontrar pela frente exigências cada vez mais rigorosas para transitar seus produtos no mercado internacional. “Do ponto de vista financeiro, existe uma oportunidade enorme de investimento em projetos de sustentabilidade que podem gerar créditos de carbono e isso será fundamental para se manter competitivo. A consciência regenerativa tem que estar presente nas atividades cotidianas das instituições", explica.