Agtech utiliza inteligência artificial para elevar padrão da cevada brasileira
Postado por Redação em 15/04/2025 em NotíciasCom a tecnologia, produtores podem prever o desempenho das diferentes variedades em condições específicas
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Base da cerveja brasileira, a cevada compõe de 55% a 100% do malte utilizado na bebida, conforme estabelecido pela legislação local. Apesar de essencial, seu cultivo no país ainda enfrenta desafios como o clima instável e a dificuldade em selecionar variedades ideais. Para superar essas barreiras e elevar o padrão de qualidade exigido pelas maltarias, produtores têm recorrido à tecnologia, como a solução da agtech Calice.
Com atuação na Argentina e Estados Unidos, a empresa chega forte ao Brasil para modelar computacionalmente dados biológicos e agronômicos de culturas para prever e melhorar seus rendimentos, qualidades e adaptabilidade em diversos cenários ambientais.
“Utilizamos inteligência artificial e modelos preditivos com a plataforma NODES™, ajudamos a identificar quais variedades de cevada melhor se adaptam às diferentes regiões brasileiras, levando em conta o clima, o solo e outras variáveis ambientais. Somado a isso, transformamos grandes quantidades de informações agrícolas em insights acionáveis. O que já fazemos em diversos países lá fora também faremos no Brasil”, destaca Mauricio Varela, Head of Business Development da empresa.
Tecnologia no campo
Com a tecnologia da agtech, os produtores de cevada podem prever o desempenho das diferentes variedades em condições específicas, aumentando as chances de obter grãos com parâmetros ideais para a malteação, como o teor adequado de proteína e alta capacidade de germinação. “Esses benefícios impactam diretamente na eficiência das maltarias e na qualidade final do malte produzido, refletindo-se diretamente no sabor, aroma e estabilidade das cervejas”, detalhou Varela.
Ainda segundo o especialista, um exemplo prático poderia ser o uso dessas tecnologias no Paraná, especialmente na região de Campos Gerais, onde se testa mais de 25 novas linhagens de cevada por ano, buscando aquelas capazes de entregar a melhor qualidade possível para a produção de malte. “Esse esforço, coordenado por instituições de pesquisa como a Fundação ABC e a Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária (Fapa), já apresenta resultados importantes, elevando a produtividade média regional e a qualidade dos grãos produzidos”, citou.
Ao combinar o uso da tecnologia agrícola avançada com práticas agronômicas eficientes, as cooperativas paranaenses não apenas impulsionam a economia local, como também garantem uma cerveja brasileira cada vez melhor. “Com o auxílio de empresas como a Cálice, a tecnologia e a agricultura trabalham juntas para assegurar que cada cerveja seja não apenas refrescante, mas também fruto de uma cadeia produtiva sustentável, inovadora e de alta qualidade”, finalizou Varela.